O Brasil aproveita sua presidência do G20 para impulsionar um acordo global sobre o financiamento da transição energética, buscando fortalecer sua liderança nas questões climáticas. À frente da preparação para sediar a Cop 30 em 2025, o governo brasileiro coloca o combate às mudanças climáticas como uma prioridade, visando consolidar sua imagem como um dos principais atores globais no enfrentamento à crise ambiental.
Entre as principais pautas defendidas pelo Brasil no G20, está a proposta de uma governança financeira global que facilite o acesso de países em desenvolvimento aos fundos climáticos, além da criação de um imposto de 2% sobre grandes fortunas, estimado em gerar até US$ 250 bilhões anuais. A reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs), um tema crucial nas discussões do G20, é vista como um caminho para alavancar o financiamento de projetos climáticos alinhados às metas globais de redução de emissões.
O país também defende a implementação de medidas de prevenção a desastres climáticos, firmando acordos de cooperação com nações como EUA, Reino Unido e França. Outro ponto central da estratégia brasileira é o combate ao desmatamento da Amazônia. Dados preliminares indicam que o desmatamento foi reduzido em 46% no último ano, resultando na diminuição significativa das emissões de CO2, um fator que pode fortalecer a imagem do Brasil como líder na conservação florestal.
Preparação para a Cop 30
À medida que o Brasil se prepara para a Cop 30, a ser realizada em Belém, o governo trabalha em uma atualização de seu plano climático nacional (NDC). Organizações não governamentais pressionam por metas mais ambiciosas, como a redução de 92% das emissões de CO2 até 2035, em comparação com os níveis de 2005.
Apesar do avanço nas energias renováveis, como a política nacional para transição energética recém-lançada, que contempla energia eólica, solar e hidrogênio verde, o Brasil enfrenta desafios no setor de transporte. Em 2023, as emissões de CO2 provenientes desse setor aumentaram, destacando a necessidade de uma transição mais rápida para alternativas sustentáveis.
O aumento da produção de petróleo no país, previsto para alcançar até 5,4 milhões de barris por dia até 2030, é outro ponto de discussão. Enquanto o Brasil busca alternativas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, há um apelo para que países desenvolvidos assumam a liderança nesse processo, eliminando a demanda por petróleo e oferecendo suporte financeiro às nações em desenvolvimento.
Essa combinação de medidas internas e negociações globais coloca o Brasil em posição de destaque nas discussões climáticas, com o objetivo de transformar a Cop 30 em um marco para a transição energética global.
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