Com a meta de ampliar as exportações de gás para o Brasil e Chile, a Argentina, através das empresas Pan American Energy e Tecpetrol, está impulsionando a produção na jazida de Vaca Muerta. Este aumento visa aproveitar a crescente demanda e a disponibilidade de infraestrutura, como os projetos de gasodutos recentemente ampliados.
Vaca Muerta, localizada na Patagônia argentina, é uma das maiores reservas de xisto do mundo, com potencial estimado em 300 trilhões de pés cúbicos de gás. A província de Neuquén, que abriga essa jazida, viu sua produção saltar para 110 milhões de metros cúbicos por dia, com previsões de alcançar até 270 milhões até 2031. Este aumento é sustentado por um robusto plano de infraestrutura que inclui a expansão de gasodutos, como o Néstor Kirchner, que já opera transportando 22 milhões de metros cúbicos diários até Buenos Aires.
Segundo Ricardo Markous, CEO da Tecpetrol, o aumento de produção em Vaca Muerta já trouxe benefícios significativos para a economia argentina, reduzindo drasticamente as importações de GNL de 104 cargas anuais em 2014 para cerca de 20 previstas para 2025. A Argentina busca agora reverter o fluxo de gasodutos existentes para interromper as importações de gás da Bolívia já a partir de outubro deste ano, dando início a uma nova fase de exportações para Brasil, Chile e Uruguai.
Alejandro López Angriman, vice-presidente de desenvolvimento de reservas da Pan American Energy, destacou que a Argentina tem potencial para substituir o gás boliviano no mercado brasileiro, onde as exportações caíram de 25 para 14 milhões de metros cúbicos diários nos últimos cinco anos. “Esta é uma oportunidade única para a Argentina capturar essas oportunidades com gás de Vaca Muerta”, afirmou López Angriman.
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