A Argentina está intensificando suas exportações de gás natural para o Brasil e o Chile, alavancada pela exploração das vastas reservas de xisto de Vaca Muerta e pela inauguração de uma nova infraestrutura de transporte de gás. Com o aumento da demanda no Brasil, provocado pela queda nas exportações de gás boliviano, e pela retomada das exportações para o Chile, o país busca consolidar sua posição como um importante fornecedor de gás natural na América do Sul.
A recente apresentação do gasoduto Néstor Kirchner é um marco dessa estratégia, transportando 22 milhões de metros cúbicos diários de gás da província de Neuquén, onde Vaca Muerta está localizada, para Buenos Aires. Outro projeto relevante, que deve ser concluído em outubro, permitirá a reversão do fluxo de gás de Buenos Aires para o norte da Argentina, facilitando o envio de gás para o Brasil através de gasodutos já existentes.
Além disso, o governo argentino e empresas locais, como Pan American Energy e Tecpetrol, estão se preparando para utilizar plenamente essas novas rotas de exportação. A produção diária de gás de Neuquén, que já atinge 110 milhões de metros cúbicos, coloca o país em uma posição privilegiada para aproveitar o excedente de produção e fortalecer suas exportações.
Apesar do potencial crescente, a Argentina enfrenta desafios importantes para consolidar seu crescimento no mercado energético. A volatilidade dos preços globais do gás, as limitações de infraestrutura e a concorrência com outros fornecedores da região desativaram decisões estratégicas, como novos investimentos e acordos comerciais de longo prazo. No entanto, ao fortalecer suas capacidades de transporte e produção, a Argentina está no caminho para se tornar um dos principais exportadores de gás da América do Sul, em um momento crucial para o setor energético regional.
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