O Porto do Açu, tradicionalmente vinculado ao setor de petróleo e gás, está expandindo suas atividades para incluir energia renovável, hidrogênio verde, data centers e agronegócio, com flexibilidade de investimentos que somam cerca de 22,5 bilhões de reais (US$ 4 bilhões ) nos próximos dez anos. Eugênio Figueiredo, CEO do porto, apresentou em entrevista, os planos de transformação e expansão do porto situado no norte do estado do Rio de Janeiro.
Desde o início das operações em 2014 com o embarque de minério de ferro, o Porto do Açu já se destacava como uma das maiores bases de apoio offshore do mundo. Agora, posicione-se como protagonista em projetos de descarbonização. “Os projetos de petróleo e gás e de energia renovável não são exclusivos, mas complementares”, afirma Figueiredo.
A expansão inclui um investimento significativo no descomissionamento de unidades offshore, com a Petrobras planejando investir US$ 11 bilhões para retirar unidades antigas. “Já ganhamos uma licitação para acomodação em três plataformas, e há planos para expandir essa capacidade”, diz o CEO.
Além disso, o Porto do Açu está se tornando um importante polo de gás natural, com a operação da usina termelétrica GNA I e a iminente entrada na operação da GNA II. Essas contribuições contribuirão para consolidar o porto como o maior complexo de energia a gás da América Latina, com capacidade licenciada para até 6,4 GW de geração a gás em instalações.
O porto também negocia a construção de uma rede nacional de gasodutos que facilitaria o acesso ao gás natural para grandes consumidores instalados no complexo. “Estamos em fase avançada de engenharia e precificação para esta iniciativa”, revela Figueiredo.
Projetos de energia solar e eólica estão em avanços avançados de discussão, com um projeto solar de 220 MW já em negociação. A capacidade eólica offshore depende de regulamentações federais, mas ambientalmente adicionaria até 30 GW de capacidade instalada na região do Porto do Açu.
Paralelamente, o porto assinou memorandos de entendimento para desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde com empresas internacionais, incluindo Equinor e SPIC Brasil. “Estes projetos são essenciais para nossa estratégia de diversificação e sustentabilidade a longo prazo”, conclui Figueiredo.
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