O conceito de pobreza energética, essencial no combate global à fome e à pobreza, ganha destaque sob a presidência brasileira do G20. André Leão, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) e doutor em Ciência Política pela IESP-UERJ, aborda em um artigo no site oficial do G20 Brasil, as estratégias para superar esse obstáculo crucial. A discussão ressalta o papel vital da energia no dia-a-dia e como sua falta pode impedir o desenvolvimento social e econômico, especialmente em regiões mais vulneráveis.
Durante a reunião ministerial do G20 em julho no Rio de Janeiro, foi lançada a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, marcando o Brasil como líder na promoção de soluções energéticas sustentáveis. Esse movimento reflete um esforço contínuo, desde o primeiro mandato do presidente Lula em 2004, para posicionar o país como um agente de mudança global.
No cenário nacional, ainda que a pobreza energética seja um tema emergente, o G20 fornece uma plataforma para iluminar esta questão, mostrando como a ausência de energia adequada é um impedimento para muitos, barrando o acesso a serviços modernos e essenciais. O Grupo de Trabalho sobre Transições Energéticas do G20, com encontros marcados entre 30 de setembro e 2 de outubro, é uma oportunidade para avançar nas políticas públicas de necessidade.
Dados recentes da Agência Internacional de Energia (AIE) de 2022 mostram que cerca de 2,3 bilhões de pessoas globalmente ainda carecem de fontes de energia não sustentáveis como lenha e querosene, principalmente para cozinhar. Isso representa 28,7% da população mundial sem acesso a uma cozinha limpa, com a África Subsaariana apresentando os menores índices de acesso.
A necessidade de uma cozinha limpa, que não apenas reduza a pobreza energética, mas também contribua para a meta global de zero emissões líquidas de carbono até 2050, exige um investimento anual de cerca de 8 bilhões de dólares até 2030. Este financiamento é crucial para expandir o uso de tecnologias limpas e acessíveis, como o gás liquefeito de petróleo (GLP), fogões movidos a biomassa e biogás.
A erradicação da pobreza energética é, portanto, uma prioridade que necessita de ampla colaboração entre governos, setor privado e organizações não governamentais, apoiando políticas públicas específicas e financiamento adequado. O Brasil, através do G20, mostra-se como uma força estratégica nesse combate, liderando iniciativas para garantir que mais pessoas tenham acesso a formas de energia que sustentem uma qualidade de vida básica sem comprometer o meio ambiente.
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