Os Estados Unidos se consolidaram como os maiores investidores estrangeiros no Brasil, marcando uma mudança estratégica em direção a iniciativas de sustentabilidade. Em 2023, as empresas americanas anunciaram 126 projetos greenfield no país, totalizando investimentos de aproximadamente US$ 7,3 bilhões. Este movimento reflete uma alteração significativa na relação econômica entre as duas nações, com foco especial na economia verde.
O setor de energia renovável destaca-se como o principal alvo dos investidores dos EUA. Projetos de energia solar e eólica somaram US$ 2,4 bilhões, reforçando os compromissos de longo prazo de ambos os países com as metas climáticas e com a promoção da segurança energética. Entre as corporações que mais apostaram nesse setor estão a AES e a New Generation Power, esses projetos ultrapassaram US$ 2 bilhões em investimentos.
A demanda por fontes de energia confiáveis e a expansão do mercado digital tornam o Brasil um destino atraente para esses esportes. Paralelamente, a AES está em tratativas para uma fusão com a Auren, além de ter adquirido recentemente um conjunto de complexos de parques eólicos no Brasil. Avaliada em R$ 2,03 bilhões (US$ 356 milhões), essa aquisição reforça o compromisso da empresa com o mercado brasileiro.
Expansão do Investimento Direto dos EUA no Brasil
Os Estados Unidos, representando 26,1% do PIB global em 2023 (US$ 27,4 trilhões), aumentaram sua participação direta no Brasil na última década. De 2013 a 2022, os investimentos americanos cresceram de US$ 69,7 bilhões para US$ 80,9 bilhões, refletindo um avanço de 16,1%. No entanto, a participação brasileira no montante global de investimentos diretos americanos caiu de 1,5% para 1,2%.
A taxa anual de crescimento desses investimentos também desacelerou, passando de 2,7% no período entre 2013 e 2017 para 0,6% entre 2018 e 2022. Esse dado, no entanto, pode variar de acordo com as metodologias de cada país, já que o Banco Central do Brasil contabiliza valores mais altos ao incluir investimentos provenientes de terceiros países antes de chegar ao Brasil.
A perspectiva para os investimentos dos EUA permanece positiva, especialmente nos setores de economia verde e tecnologia, alinhados às agendas ambientais de ambos os países. Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destaca a importância de uma estratégia proativa do Brasil para atrair capital internacional. Segundo Lucchesi, o país precisa demonstrar seu potencial aos investidores dos EUA, Europa e China para se consolidar como um destino de investimento sustentável.
Essa evolução reflete uma tendência global, com mais investidores priorizando o desenvolvimento sustentável. Com a continuidade do crescimento em energia renovável e infraestrutura digital, o Brasil está posicionado para atrair ainda mais investimentos estrangeiros, com os Estados Unidos na liderança.
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