Energia

Auren e AES Brasil se unem para criar a terceira maior geradora de energia renovável do país

A Auren Energia e a AES Brasil acabam de oficializar uma fusão histórica que irá consolidar as duas empresas como a terceira maior geradora de energia do Brasil. Com um portfólio diversificado e capacidade instalada de 8,8 gigawatts (GW), a nova companhia promete liderar o setor de energia renovável no país. O acordo foi avaliado em R$ 3,3 bilhões (aproximadamente US$ 600 milhões), consolidando uma nova fase de crescimento para ambas as empresas.

A transação envolve a aquisição de 47,3% das ações da AES Brasil pela Auren, em um movimento que reforça a presença das duas empresas no competitivo mercado de energia limpa. Essa junção estratégica unifica ativos complementares e fortalece a atuação de ambas, especialmente nas áreas de geração hidrelétrica, eólica e solar.

O portfólio da nova entidade será composto por 54% de capacidade hidrelétrica, 36% de geração eólica e 10% de energia solar, consolidando-a como uma das líderes na produção de energia sustentável no Brasil.

Projeções Financeiras Promissoras

As expectativas financeiras da nova empresa são bastante otimistas. Com uma receita líquida combinada projetada para alcançar R$ 9,6 bilhões, a fusão representa um salto de 55% nos ganhos da Auren. O EBITDA ajustado também deve dobrar, passando de R$ 1,8 bilhão para R$ 3,5 bilhões.

Adicionalmente, a fusão prevê sinergias que podem gerar uma economia estimada em R$ 1,2 bilhão, oriundas da otimização de processos e redução de despesas administrativas, fatores que devem elevar ainda mais a competitividade e lucratividade da empresa no mercado energético.

Oportunidades para Acionistas

Os acionistas da AES Brasil receberam três opções no acordo de fusão: converter suas ações na nova empresa, optar por uma compensação financeira ou escolher um modelo híbrido, combinando dinheiro e ações. A relação de troca estabelecida foi de 0,762 ações da AES Brasil para cada ação da Auren, permitindo aos investidores ajustarem suas participações conforme suas estratégias de investimento.

Aprovações Regulatórias e Impacto no Mercado

A fusão já recebeu o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em julho de 2024 e agora aguarda outras aprovações regulatórias, como a da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A previsão é que o acordo seja totalmente concluído no segundo semestre de 2024.

Com o aumento da demanda por energia limpa no Brasil, a nova gigante do setor está bem posicionada para atender às exigências do mercado e desempenhar um papel fundamental na transição energética do país, impulsionando a inovação e a sustentabilidade no setor.

Essa movimentação marca um momento crucial para o Brasil, que busca expandir a participação de fontes renováveis em sua matriz energética, e a fusão da Auren com a AES Brasil será um dos principais motores desse avanço nos próximos anos.

Naiane Santana

Naiane Santana é jornalista formada pelo IFRJ, especializada na cobertura de empregos, vagas offshore e trabalho embarcado. Ela se destaca por trazer informações detalhadas e atualizadas para profissionais interessados nessas áreas desafiadoras e em constante crescimento.

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