
Os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC LOAS) enfrentaram novos desafios após a suspensão de empréstimos consignados por diversas instituições financeiras. A medida que afeta milhares de pessoas em todo o país, decorre de uma combinação de fatores, incluindo mudanças na margem consignável e no pente-fino do INSS.
Mudança na margem consignável e impactos
Anteriormente, os beneficiários do BPC poderiam comprometer até 45% dos seus benefícios com empréstimos consignados. No entanto, o governo impediu essa margem para 35%, criando dificuldades significativas para aqueles que já haviam comprometido os seus rendimentos com empréstimos anteriores. Muitos beneficiários encontram-se em situação de margem negativa, impossibilitando novas contratações ou refinanciamentos.
Embora o aumento do salário mínimo tenha amenizado a situação para alguns, o ajuste na margem não foi suficiente para equilibrar as contas de muitos beneficiários. Esse cenário tem gerado frustração e incertezas para quem depende desses recursos para complementar a renda.
Pente-Fino do INSS agrava instabilidade
Outro fator crítico para a suspensão de empréstimos é o pente-fino realizado pelo INSS. O processo, destinado a identificar irregularidades nos benefícios, gerou instabilidade nas instituições financeiras, que relutam em beneficiários do BPC devido à possibilidade de cortes nos benefícios.
Os bancos têm prioridade de atender beneficiários que passaram recentemente pelo pente-fino ou que recebem o benefício há menos de um ano, pois esses casos apresentam menor risco de irregularidades.
Teto de juros e linhas de crédito mais caras
A redução do teto de juros para empréstimos consignados, que passou de 1,66% para 1,80% ao mês, também não foi suficiente para normalizar a liberação de crédito. Muitos beneficiários estão recorrendo a linhas de crédito alternativas, geralmente mais caras, agravando ainda mais sua situação financeira.
Perspectivas para beneficiários
Para muitos, a única solução é aguardar que a margem negativa se torne positiva ou que o governo implemente novas mudanças, como um retorno à margem de 45%. No entanto, especialistas pesquisaram que tal medida seja adotada no curto prazo.
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