Notícias

Brasil avalia investimentos necessários para tecnologias energéticas, aponta EPE

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou recentemente um estudo detalhado sobre os investimentos necessários para implementar diferentes tecnologias energéticas no Brasil. O levantamento analisa o capital necessário para geração de energia a partir de diversas fontes, desde biomassa de bagaço de cana-de-açúcar até usinas nucleares.

Entre as opções mais acessíveis, a biomassa de bagaço de cana-de-açúcar se destaca, com investimentos variando entre R$ 2.000 e R$ 6.500 por kW instalado, o que corresponde a cerca de US$ 353 a US$ 1.147. Em seguida, aparecem outras fontes de geração, como o gás natural liquefeito de ciclo simples (R$ 3.000 a R$ 5.000/kW) e a energia solar fotovoltaica (R$ 3.000 a R$ 6.000/kW).

A EPE também destacou o crescimento de interesse pela instalação de usinas solares flutuantes, cujo investimento pode variar entre R$ 4.000 e R$ 8.500 por kW. Por outro lado, o estudo mostrou que os projetos eólicos offshore são os que demandam os maiores investimentos, variando de R$ 10.500 a R$ 25.000 por kW, em contraste com os projetos eólicos onshore, que têm custos menores, de R$ 4.000 a R$ 10.500 por kW.

Além disso, o estudo também abrangeu outras tecnologias, como o biogás de resíduos sucroenergéticos, carvão nacional, energia nuclear e pequenas centrais hidrelétricas. O armazenamento de energia, uma área estratégica para garantir a estabilidade do sistema elétrico, requer investimentos entre R$ 5.000 e R$ 9.500 por kW.

Transmissão de energia

A EPE também avaliou os investimentos necessários para a expansão das linhas de transmissão no Brasil. As conexões entre os estados do Acre e Rondônia com o centro-oeste do país apresentaram o menor custo, de R$ 2.850 por kW. Já os trechos entre o nordeste e sudeste e entre o norte e sudeste apresentam custos mais elevados, variando entre R$ 3.040 e R$ 3.300 por kW.

Esses dados fornecem um panorama claro sobre os desafios e oportunidades para o desenvolvimento energético no Brasil, apontando para as áreas de maior viabilidade econômica e as que demandam investimentos mais robustos. A diversificação da matriz energética, com ênfase em fontes renováveis, é fundamental para garantir a sustentabilidade e segurança energética do país nos próximos anos.

Naiane Santana

Naiane Santana é engenheira de petróleo com mais de 10 anos de experiência no setor de óleo e gás. Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Naiane trabalhou em grandes empresas do setor, onde desenvolveu uma profunda compreensão dos processos de exploração e produção de petróleo.

Postagens recentes

Do zero ao avançado: os cursos de eletricista mais procurados para transformar sua carreira

Escolher o curso certo para se tornar um eletricista qualificado pode ser o primeiro passo…

3 horas ago

Preços do petróleo e diesel sobem: entenda as tendências e impactos econômicos

Os preços do petróleo bruto e do diesel continuam a registar ganhos moderados, mas permanecem…

3 horas ago

Empresas abrem vagas no setor offshore em Macaé e Rio das Ostras

O setor offshore e administrativo continua a oferecer diversas oportunidades de emprego em 2024, com…

3 horas ago

Por que a exploração de petróleo de alto impacto é essencial na transição energética

A exploração de petróleo e gás continua sendo um tema central no debate global sobre…

3 horas ago

Inscrições abertas: faça cursos gratuitos no SENAI e transforme seu futuro hoje mesmo

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) é uma das instituições mais respeitadas do Brasil…

3 horas ago

Petrobras paga dividendos em 2024: veja quanto você vai receber

A Petrobras informou que, nesta terça-feira, 21 de novembro de 2024, será efetuado o pagamento…

3 horas ago

Este site faz uso de cookies.

Leia mais