A matriz energética brasileira é reconhecida pela alta participação de fontes renováveis, com destaque para a energia hidrelétrica, que historicamente responde por cerca de 65% da produção de eletricidade. No entanto, 2024 trouxe desafios que estão redefinindo esse cenário. A baixa incidência, principalmente na região Sudeste, está prejudicando a geração hidrelétrica, que em setembro caiu para 28,7 TWh, o menor nível dos últimos três anos.
Com a seca prolongada, o Brasil está ampliando sua dependência de fontes físicas, atingindo um novo marco em importações de carvão térmico, chegando a 900 mil toneladas neste mês, três vezes a média mensal do ano. Além disso, a importação de gás natural liquefeito (GNL) está no maior nível desde 2021, sinalizando uma mudança rápida para cobrir o déficit energético com fontes que podem ser ativadas rapidamente.
Essa transição para combustíveis fósseis, embora essencial para evitar um colapso energético durante os meses mais quentes, implica em um aumento substancial das emissões de carbono do setor. Com o uso de carvão e GNL, as emissões já estão nos níveis mais altos desde 2021, colocando em risco os esforços do país para manter um sistema energético limpo.
Atualmente, cerca de 63% da eletricidade no Brasil ainda vem de hidrelétricas, mas a energia eólica e solar estão crescendo, respondendo por 15% e 10%, respectivamente. No entanto, essas fontes, por dependerem das condições climáticas, ainda não têm a flexibilidade necessária para cobrir variações bruscas na demanda.
O cenário hídrico e as altas temperaturas previstas para o próximo verão apontam para uma necessidade de geração térmica intensiva até o final de 2024. Caso as chuvas aumentem, o Brasil poderá restaurar parte de sua capacidade hidrelétrica, a dependência de fontes fósseis. Contudo, o planejamento para infraestrutura de armazenamento e expansão das energias renováveis será crucial para evitar a repetição desse cenário.
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