O Brasil está ampliando seus esforços para fortalecer sua capacidade nuclear naval por meio de uma parceria estratégica com a Índia. O país, que possui grandes reservas de urânio e tecnologia avançada de enriquecimento nuclear, tem como objetivo adquirir expertise e assistência técnica da Marinha Indiana no desenvolvimento de submarinos movidos a energia nuclear.
A cooperação foi discutida durante uma visita do Almirante Marcos Sampaio Olsen, Comandante da Marinha Brasileira, à Índia, onde ele se encontrou com altos oficiais da Marinha Indiana. O Almirante Olsen destacou o interesse brasileiro em colaborar com a Índia, principalmente em áreas de conhecimento técnico e treinamento no setor de submarinos nucleares.
“Temos depósitos de urânio suficientes, uma tecnologia de enriquecimento e estamos avançados no desenvolvimento de pequenos reatores nucleares. Estamos ansiosos para trabalhar com a Índia nessa área”, afirmou o Almirante Olsen.
Embora o Brasil tenha progressos feitos significativos na tecnologia nuclear, o país ainda não possui experiência na construção de submarinos nucleares, ao contrário da Índia, que já opera dois submarinos balísticos de propulsão nuclear da classe Arihant e há outros dois em desenvolvimento.
O interesse do Brasil se intensifica com o avanço da construção de seu primeiro submarino nuclear de ataque, o Álvaro Alberto, cujo lançamento está previsto para 2029. Baseado em um projeto ampliado da classe Scorpène, ele será equipado com um reator de água pressurizada de 48 PM. A expertise indiana no desenvolvimento e construção de submarinos nucleares pode acelerar o progresso brasileiro nesse campo.
Além da cooperação no desenvolvimento de submarinos nucleares, o Almirante Olsen expressou o desejo de expandir a parceria naval com a Índia em outras áreas, como coleta de inteligência marítima, cibersegurança, combate à pirataria, operações de busca e salvamento, prevenção de crimes transnacionais e assistência humanitária.
A visita do Almirante Olsen à Índia ocorre em um momento estratégico para a Marinha do Brasil, que busca modernizar sua frota de submarinos, incluindo embarcações nucleares e nucleares, como as da classe Scorpène, desenvolvidas em parceria com a França. Sua passagem pelas Docas Mazagon, em Mumbai, onde a Índia construiu seis submarinos Scorpène, reforça o potencial de futuras colaborações em manutenção e revisão dessas embarcações.
A crescente parceria entre o Brasil e a Índia no campo naval representa um avanço significativo no fortalecimento das relações bilaterais e na promoção de inovações tecnológicas. Como destacou o Almirante Olsen: “O mar nos conectará”.
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