Em 2023, um referendo significativo ocorreu no Equador, onde mais de 10 milhões de cidadãos votaram pela proibição de operações petrolíferas em vastas áreas da Amazônia equatoriana, uma medida que visava proteger uma das regiões de maior biodiversidade do planeta, o Parque Nacional Yasuni. Essa decisão poderia evitar a extração de cerca de 700 milhões de barris de petróleo, preservando o habitat de espécies ameaçadas como a onça-pintada e a harpia.
A área impactada, que inclui os campos de Ishpingo, Tambococha e Tiputini (ITT), também engloba territórios ancestrais das comunidades Waorani, que se manifestaram em protestos como o ocorrido em 30 de agosto de 2024 em Quito. Essas comunidades têm visto a exploração de petróleo avançar sem seu consentimento, trazendo poucos ou nenhum benefício econômico para elas.
O referendo, uma rara utilização da democracia direta para questões ambientais, levanta dúvidas sobre como o governo equatoriano implementará a decisão e as consequências dessa medida. Um ano após a votação, ainda não há certezas sobre a desativação das operações petrolíferas, com o governo anunciando que o desmantelamento e a recuperação da área poderiam se estender até 2032.
O cenário é de incerteza quanto ao futuro da região e ao compromisso governamental de seguir a vontade popular expressa no referendo. Enquanto isso, as comunidades Waorani lutam para ter voz ativa nas decisões sobre a desativação e o futuro dos campos petrolíferos do Yasuni, demonstrando a complexidade das interações entre direitos indígenas, conservação ambiental e interesses econômicos.
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