FGTS saque-aniversário: vale a pena optar? Confira prós e contras

O saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) segue em crescimento no Brasil. Em 2024, a modalidade foi escolhida por 25 milhões de trabalhadores, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. O sistema permite ao trabalhador sacar parte do saldo do FGTS anualmente, no mês de seu aniversário, em troca da perda do direito ao saque integral do saldo em caso de demissão sem justa causa.

Prós e contras do saque-aniversário

Vantagens:

Acesso rápido ao dinheiro: Para muitos trabalhadores, como Juliana Souza, a opção tem sido uma forma de aliviar dificuldades financeiras momentâneas. “Eu usei para pagar um cartão de crédito e não ficar sem renda durante minha transição de emprego”, conta.
Possibilidade de planejamento financeiro: Para aqueles que precisam de um complemento fixo anual, o saque pode ser uma alternativa para organizar as contas.
Disponibilidade para investimentos: O dinheiro pode ser utilizado para quitar dívidas ou mesmo investir em oportunidades mais rentáveis, como cursos profissionalizantes ou pequenos negócios.

Desvantagens:

Perda do saque integral em caso de demissão: Essa é a maior desvantagem. Caso o trabalhador seja dispensado sem justa causa, ele não pode sacar o saldo total do FGTS, recebendo apenas a multa rescisória de 40%.
Valores limitados: O percentual liberado anualmente varia entre 5% e 50% do saldo total, dependendo da quantia acumulada no FGTS. Quem tem menos dinheiro no fundo pode sacar valores muito baixos.
Possível endividamento futuro: O saque pode criar um ciclo vicioso de dependência do FGTS, comprometendo a segurança financeira em caso de perda do emprego.

Quem deve optar pelo saque-aniversário?

A decisão de aderir ao saque-aniversário deve ser bem analisada. Para quem tem estabilidade no emprego e precisa de uma reserva imediata, pode ser vantajoso. Já para trabalhadores que dependem do saldo do FGTS em caso de demissão, manter a modalidade tradicional pode ser a melhor escolha.