Nos próximos dias, o mercado brasileiro de combustíveis receberá uma carga significativa de gasolina vinda da Rússia, movimentação que promete repercussões no preço e na oferta para consumidores e distribuidores. Segundo dados da S&P Global Commodities at Sea (CAS), 141.100 barris estão programados para desembarcar no porto de Santos, marcando o retorno de importações de gasolina após uma pausa de quase 40 dias. Esta importação coincide com o momento em que os preços do etanol hidratado se consolidam como alternativa, aumentando em participação de mercado nacional.
De acordo com o CAS, a carga será entregue em duas remessas: a primeira, transportada pelo navio KOBE, com 112.000 barris, tem previsão de chegada em Santos em 19 de novembro. A segunda remessa, transportada pelo navio ELAIA, deverá completar a entrega com mais 29.000 barris, prevista para o dia 25 de novembro. Essas movimentações destacam a crescente dependência do Brasil em importações, mesmo com a produção interna de biocombustíveis.
Data de Chegada | Nome do Navio | Quantidade de Barris | Porto de Origem | Porto de Destino |
---|---|---|---|---|
19 de novembro | KOBE | 112.000 | Ust-Luga | Santos |
25 de novembro | ELAIA | 29.000 | Ust-Luga | Santos |
Desde 3 de outubro, o Brasil havia interrompido as importações de gasolina devido ao fechamento da janela de importação, uma situação desencadeada por preços domésticos que superaram o custo de importação. Dados recentes da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicam que, em algumas regiões do Brasil, o spread entre os preços de importação e os preços locais chegou a ser de até -R$0,1735 por litro, especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste.
No dia 8 de novembro, a S&P Global Commodity Insights avaliou o preço da gasolina DAP em Itaqui a US$ 80,29/b e em Santos a US$ 82,02/b. Esse diferencial é crucial para entender as flutuações de mercado e o impacto da gasolina russa no equilíbrio de preços internos.
As importações desempenham um papel essencial na manutenção do equilíbrio do mercado de combustíveis no Brasil. Com o consumo de gasolina caindo 5,44% em 2024, comparado ao ano anterior, e o consumo de etanol hidratado registrando um aumento de 44,5%, as mudanças de preferência são claras. A demanda por combustíveis renováveis também reflete a busca por alternativas mais econômicas, incentivada pelos preços oscilantes da gasolina.
A chegada da gasolina russa pode temporariamente aliviar a pressão de preços nas bombas, embora o impacto exato dependa de fatores como flutuações do mercado internacional e a política de preços de combustíveis do governo brasileiro.
No transporte interno, conhecido como cabotagem, novas operações também ganham destaque. Em 21 de novembro, uma carga de 287.167 barris, partindo de São Sebastião, deve chegar ao porto de Suape. Esta estratégia de cabotagem ajuda a abastecer regiões-chave e demonstra o esforço do setor em manter uma logística eficiente, essencial para sustentar o abastecimento nacional.
A movimentação de combustíveis importados, principalmente a gasolina, demonstra o impacto de fatores internacionais na economia brasileira e na experiência do consumidor final. Com o fechamento recente da janela de importação e a flutuação do preço do etanol hidratado, a chegada da gasolina russa poderá ter um impacto positivo no mercado nacional, fornecendo uma folga temporária aos consumidores e incentivando a competitividade dos preços locais.
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