Em um movimento surpreendente, o governo indiano planeja oferecer para áreas de exploração até então restritas, conhecidas como “proibidas”, na décima rodada de licitações de petróleo e gás, marcada para o início de 2025. Este anúncio foi feito por uma alta autoridade do Ministério do Petróleo, que optou por manter o anonimato.
A decisão vem após uma série de revisões estratégicas, que identificaram zonas dentro dessas áreas que não são críticas para missões nacionais, como testes de mísseis na Baía de Bengala. Essa mudança poderia resultar em uma expansão significativa das operações de exploração de petróleo e gás natural na região, proporcionando novas oportunidades para investidores e companhias petrolíferas.
Os blocos de licitação fazem parte da Política de Licenciamento de Área Aberta (OALP), cuja nona rodada termina em 21 de setembro, a próxima fase é esperada com alta expectativa. A legislação pertinente, a Lei dos Campos Petrolíferos (Regulação e Desenvolvimento) de 1948, está prevista para ser emendada no Parlamento na sessão de inverno. As emendas propostas deverão expandir a definição de óleos minerais para incluir hidrocarbonetos como metano de leito de carvão e gás/óleo de xisto, além de introduzir um novo regime de licenças.
Esta estratégia faz parte dos esforços contínuos do governo para diminuir a dependência das importações de petróleo, que atualmente representam mais de 85% do consumo do país. O programa OALP tem sido um pilar central nessa estratégia desde sua introdução em 2017, promovendo um ambiente competitivo e flexível para atrair investimentos no setor de energia.
Os blocos oferecidos englobam uma variedade de ambientes de exploração, incluindo nove blocos onshore, oito em águas rasas e 11 em águas ultraprofundas, abarcando um total de 136.596,45 quilômetros quadrados em oito bacias sedimentares. As rodadas anteriores já resultaram na concessão de 144 blocos, com destaque para a participação de grandes players como ONGC, Reliance Industries e BP.
Este desenvolvimento é aguardado como um passo transformador para o setor de energia na Índia, com potencial para impactar com certeza os preços domésticos de combustíveis e fortalecer a segurança energética nacional.
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