A jornada de descarbonização tem ganhado destaque nas operações de empresas brasileiras, impulsionando o mercado de energia e a busca por práticas sustentáveis. Esse movimento, além de ser um ganho para o meio ambiente, está gerando novas oportunidades de negócios, com investimentos crescentes em produtos verdes.
Um exemplo desse avanço é a fábrica de compressores de refrigeração em Joinville, Santa Catarina, que produz mais de 13 milhões de unidades por ano. Essa planta industrial se tornou a primeira da multinacional a conquistar o título de carbono neutro, um feito que exige a reformulação de processos e investimentos em energia renovável.
Para atingir a neutralidade de carbono em 2024, a fábrica realizou uma série de ações. O primeiro passo foi a medição precisa das emissões, permitindo identificar os maiores pontos de consumo energético. Em seguida, focou-se na redução dessas emissões, utilizando softwares para monitorar o consumo de energia em tempo real e ajustar eventuais desvios ou picos. A manutenção e reforma de equipamentos também tiveram papel importante, especialmente em maquinários de alto consumo, como caldeiras.
A empresa adquiriu ainda cerca de 9.000 créditos de carbono, demonstrando que a mudança estrutural vai além da mera otimização operacional. Além disso, a compra de energia renovável foi crucial para completar a transição rumo à descarbonização.
Com a intensificação da busca por soluções de baixo carbono, empresas do setor energético têm expandido seus investimentos em produtos verdes. Uma geradora e comercializadora de energia, por exemplo, ampliou significativamente sua atuação no mercado, tornando-se referência mundial em energia sustentável em pouco tempo.
A crescente demanda por descarbonização não se restringe apenas a grandes corporações. Pequenas e médias empresas também estão aderindo a essas práticas, muitas vezes motivadas pela participação em cadeias produtivas de grandes companhias, que exigem ações sustentáveis de seus fornecedores. Esse cenário abrange diversos setores, desde indústrias de base até empresas de tecnologia e serviços, que demonstram interesse em reduzir suas pegadas de carbono.
No Brasil, o mercado de carbono ainda opera de forma voluntária, diferentemente do cenário europeu, onde a regulamentação impõe metas de redução para as empresas. A parceria entre companhias do setor de energia e startups de descarbonização reflete a aposta na expansão desse mercado, aguardando regulamentações que trarão novas oportunidades de negócios.
Especialistas acreditam que a regulamentação do mercado de carbono no Brasil deve impulsionar ainda mais a adoção de práticas sustentáveis e o desenvolvimento de certificados de redução de emissões. Enquanto isso, o mercado brasileiro segue se preparando para as futuras mudanças, investindo em tecnologias e processos que aceleram a transição energética.
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