OPEP+ Adia Flexibilização de Cortes de Produção com Grandes Petrolíferas Atingindo Recordes
Em 5 de novembro de 2024, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) anunciou o adiamento do início da flexibilização dos cortes de produção da aliança, que estava previsto para começar em 1º de dezembro de 2024, adiando-o para 1º de janeiro de 2025. A decisão foi tomada em resposta ao aumento da produção de petróleo pelas principais empresas do setor, incluindo ExxonMobil e Chevron, que vêm registando níveis de produção recordes.
As grandes empresas norte-americanas, que incluem ExxonMobil e Chevron, atingiram volumes sem precedentes, especialmente na Bacia do Permiano e em investidores internacionais na Guiana e no Brasil. Essas empresas têm buscado desenvolver ativos de baixo custo, aumentando assim a produção e os lucros, mesmo diante de preços menores de petróleo e gás em comparação ao ano anterior.
Produção e Lucros Aumentam Apesar dos Preços Baixos
No terceiro trimestre de 2024, as Big Oil, como são conhecidas as grandes empresas do setor, incluindo ExxonMobil, Chevron, Shell, BP e TotalEnergies, reportaram crescimento na produção e aumento nos lucros. Em destaque, a ExxonMobil, que teve um crescimento recorde de produção líquida, alcançou volumes não vistos em 40 anos e atribuiu o sucesso às tecnologias avançadas e eficiências que dobraram seu lucro por barril.
A Chevron também reportou lucros acima das expectativas, impulsionados por uma produção recorde nos EUA e pela integração de novos ativos adquiridos. Essas supermajors estão adotando estratégias de menor custo e maior eficiência em investimentos, o que contribui para maiores margens de lucro e uma posição competitiva diante da gestão de oferta da OPEP+.
Impacto nos esforços da OPEP+ para controlar a oferta
O aumento da produção global e os recordes de progresso das empresas dos EUA e da Europa intensificam os desafios para a OPEP+, que visa controlar a oferta e manter a estabilidade dos preços do petróleo. A oferta crescente dos EUA, Guiana e Brasil, somada à redução nas metas de energias renováveis por parte de algumas empresas, aponta para um foco renovador em petróleo e gás como fonte de energia para os próximos anos.
O adiamento da flexibilização dos cortes é uma medida preventiva da OPEP+ num contexto de crescimento de oferta fora da organização, levando o cartel a adiar o aumento da produção inicialmente previsto.
À medida que as grandes petrolíferas estão ajustando suas estratégias para aumentar a produção de baixo custo e baixa emissão, o que pode dificultar ainda mais os esforços da OPEP+ para controlar a oferta global e manter os preços do petróleo em níveis adequados. Com os novos dados para a flexibilização de cortes em 2025, a aliança permanece em alerta para monitorar as condições de mercado e os impactos do aumento da produção das grandes petrolíferas globais.
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