Na quarta-feira, o mercado de petróleo presenciou fortes oscilações após a vitória de Donald Trump sobre Kamala Harris nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. O preço do petróleo Brent, para entrega em janeiro, caiu para US$ 73,53 por barril às 8h40 (horário leste dos EUA), mas recuperou-se rapidamente, alcançando US$ 75,91 às 11h00.
Wall Street expressou preocupações quanto ao impacto que a presidência de Trump pode ter sobre o maior produtor de petróleo do mundo. Trump prometeu aumentar a produção de petróleo e gás para garantir maior independência energética dos EUA, o que pode levar a uma oferta maior e consequente queda nos preços.
O banco Citi alertou recentemente que outra presidência de Trump poderia ser “negativa” para os mercados de petróleo devido às tarifas comerciais e às políticas favoráveis à indústria de petróleo e gás. Por outro lado, o Standard Chartered destacou que as decisões da OPEP+ continuarão a ser fundamentais para o comportamento dos preços a curto e médio prazo.
Especialistas do Standard Chartered afirmam que parte do pessimismo recente do mercado está relacionado à compreensão errada sobre o mecanismo de redução gradual dos cortes de produção da OPEP+. O grupo anunciou em 3 de novembro que o aumento da produção seria adiado até o início de 2025, reforçando que as ações de aumento de produção serão determinadas pelas condições de mercado.
Com a vitória de Trump, as ações do setor de petróleo e gás tiveram alta significativa. O índice S&P 500 subiu 2,1% na sessão de quarta-feira, enquanto o Energy Select Sector SPDR Fund (XLE) teve aumento de 3,7%. Por outro lado, as energias renováveis sofreram perdas, com o iShares Global Clean Energy ETF (ICLN) caindo 7,3%.
Trump manteve críticas contundentes às iniciativas verdes, como o plano IRA (Inflation Reduction Act), que ele prometeu cancelar caso voltasse ao cargo. Durante um discurso no Economic Club de Nova York, Trump afirmou que encerrará o “Green New Deal”, referindo-se ao programa como “Green New Scam”.
A retomada da presidência de Trump também traz impactos sobre as sanções aplicadas a países produtores como Irã e Venezuela. Sob o governo Biden, a produção de petróleo iraniana subiu de menos de 2 mb/d em 2020 para 3,2 mb/d. Com Trump de volta ao poder, espera-se um retorno a sanções mais duras, o que pode reduzir a oferta global e pressionar os preços para cima.
Na Venezuela, a produção também foi impactada por sanções e alívios temporários concedidos pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC). A nova administração pode rever essas políticas e intensificar as restrições.
O futuro do mercado de energia permanece incerto, com uma mistura de fatores que incluem a política externa de Trump, a continuidade das medidas da OPEP+ e as expectativas dos produtores e consumidores globais.
Ao longo das décadas, a indústria automotiva nos apresentou veículos que são verdadeiras obras de…
A Seadrill, renomada empresa de perfuração offshore, está nos projetos finais de preparação de dois…
A empresa brasileira V.tal, referência em infraestrutura digital e redes de fibra ótica, anunciou um…
Enquanto o setor marítimo avança com o desenvolvimento de navios autônomos, a atração manual ainda…
O Rio Grande do Sul dá mais um passo importante rumo à liderança na transição…
A criação de um mercado regulado de carbono no Brasil avançou após aprovação pela Câmara…
Este site faz uso de cookies.
Leia mais