A parceria entre a empresa alemã SEFE e a Eletrobras do Brasil é um marco importante no caminho para uma economia de baixo carbono. O acordo, anunciado recentemente, estabelece um compromisso para que o Brasil forneça até 200.000 toneladas de hidrogênio verde anualmente à Alemanha a partir de 2030. Essa iniciativa será possível graças à construção de uma planta de eletrólise de última geração em solo brasileiro, desenvolvida em conjunto com a EnerTech, empresa do Kuwait, que também participa do projeto.
O Brasil desponta como um dos grandes players globais na produção de hidrogênio verde, uma alternativa sustentável ao hidrogênio produzido com fontes de carbono. O país conta com abundantes recursos naturais, especialmente energia hidrelétrica e solar, que permitem a produção de hidrogênio a um custo competitivo. Essa capacidade atrai investimentos internacionais e colabora para que a Europa, especialmente a Alemanha, reduza sua dependência de combustíveis fósseis.
A Alemanha projeta que até 70% de sua demanda de hidrogênio dependerá de importações para atender suas metas de sustentabilidade. Isso reflete um esforço europeu mais amplo para cumprir compromissos climáticos e de energia limpa. Ao investir em produção local de hidrogênio no Brasil, a SEFE fortalece sua posição como fornecedora estratégica de energia limpa para o mercado europeu.
Segundo Egbert Laege, CEO da SEFE, o acordo não apenas garante uma nova fonte de energia limpa para a Europa, mas também é um passo importante para que a empresa se estabeleça como líder na transição energética. “Ao adicionar esses suprimentos ao nosso portfólio e investir na produção local de hidrogênio verde, estamos concretizando nossa dupla ambição de garantir o fornecimento de energia para a Europa e sermos pioneiros na transição energética”, afirmou Laege.
A expectativa é de que a planta de eletrólise, alimentada majoritariamente por fontes renováveis como hidrelétrica, produza amônia, que será posteriormente exportada para a Europa. Esse produto também atenderá aos rígidos padrões da União Europeia para hidrogênio renovável, conforme a nova Diretiva de Energia Renovável revisada.
O Brasil está investindo pesado em hidrogênio verde. Além do projeto liderado pela SEFE e Eletrobras, há várias outras iniciativas em andamento no país. No estado do Piauí, por exemplo, estão sendo desenvolvidos projetos ambiciosos de hidrogênio verde com uma capacidade de produção que pode atingir até 22 GW. Esses projetos visam produzir hidrogênio verde com um custo inferior a US$ 5/kg, com planos de exportação a partir de 2028.
Outros projetos de destaque incluem o Green Energy Park, que será apoiado por investidores europeus e terá um terminal de exportação específico na Croácia, ampliando as possibilidades de distribuição para o mercado europeu.
O acordo entre a SEFE e a Eletrobras exemplifica como a cooperação internacional pode catalisar a transição energética global. Ao unir a expertise alemã em distribuição com os recursos naturais brasileiros, essa parceria promete fortalecer a infraestrutura de hidrogênio verde para beneficiar o Brasil, a Europa e o planeta.
Com a produção de hidrogênio verde em solo brasileiro e exportação para a Alemanha, o Brasil assume um papel crucial no fornecimento de energia sustentável, impulsionando a economia e abrindo novas oportunidades de desenvolvimento e inovação.
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