Mais de 20 projetos de produção de petróleo e gás onshore estão previstos para serem implantados no Brasil até o final de 2025, conforme dados da ABPIP (Associação Brasileira de Empresas de Petróleo Independentes) divulgados pela BNamericas. Esses projetos visam fortalecer a indústria e contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico regional.
Novos projetos e locais de operação. Os empreendimentos, que envolvem a exploração de novos campos, serão distribuídos em diversos estados, incluindo Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Sergipe. Na Bahia, por exemplo, o campo de Jacaré, na bacia do Recôncavo, sediará três projetos importantes (Bloco REC-T-99). Outros nove projetos ocorrerão em áreas como Santo Amaro das Brotas (SE) e municípios do Rio Grande do Norte, como Governador Dix-sept Rosado, Mossoró e Felipe Guerra.
Adicionalmente, haverá dois projetos em locais não especificados na Bahia e Alagoas, além de cinco empreendimentos em Couripe (AL) e iniciativas no Espírito Santo e outros estados.
Impacto econômico e geração de empregos “Esse movimento evidencia o fortalecimento da exploração onshore, que pode contribuir significativamente para a criação de empregos locais e o desenvolvimento das economias regionais”, destacou Márcio Félix, presidente da ABPIP.
Outro destaque previsto para 2025 é a revitalização de campos maduros no Rio Grande do Norte, onde técnicas inovadoras, como o uso de gás ventilado para geração de energia, serão empregadas para melhorar a eficiência da produção.
Investimentos em infraestrutura e perfuração O segmento de E&P onshore (exploração e produção) projeta receber cerca de US$ 575 milhões em investimentos até 2025. Desse montante, US$ 15 milhões serão direcionados à aquisição e reprocessamento de dados sísmicos, enquanto US$ 38 milhões serão alocados para a perfuração de 16 poços exploratórios.
Especificamente, as bacias Potiguar e do Recôncavo receberão atenção significativa, com 323 novos poços projetados na Potiguar (investimento de US$ 191 milhões) e 35 poços no Recôncavo (US$ 95 milhões). Recompletações de poços também terão um papel fundamental, com US$ 58 milhões e US$ 31 milhões destinados às bacias do Recôncavo e Potiguar, respectivamente.
Avanços em armazenamento e descomissionamento Um marco importante será o primeiro projeto de armazenamento subterrâneo de gás natural (ESGN) do país, em Alagoas, fruto de uma parceria entre a Origem Energia e a Transportadora Associada de Gás (TAG), com um investimento previsto de US$ 200 milhões.
Para o descomissionamento, US$ 37 milhões serão investidos em atividades como o abandono permanente de poços e a recuperação ambiental de áreas operacionais, beneficiando regiões como Solimões, Sergipe, Espírito Santo e Recôncavo.
Principais operadores e blocos sob contrato A Petrobras continua sendo a maior operadora onshore, com campos de alta produção como Leste do Urucu e Rio Ucuru. Além dela, empresas como Brava Energia, Petrorecôncavo, Eneva, Origem Energia, e Alvopetro desempenham papéis importantes.
Segundo a ANP, existem 279 blocos exploratórios sob contrato, com destaque para a bacia Potiguar (151 blocos) e outras bacias como Recôncavo, Alagoas e Espírito Santo.
Os investimentos expressivos e a expansão planejada dos projetos onshore refletem um compromisso crescente com a inovação e sustentabilidade, fortalecendo o setor de E&P e impulsionando o crescimento econômico no Brasil.
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