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Petrobras impulsiona o mercado interno com nova unidade de Gás em Itaboraí

A Petrobras anunciou, em 12 de novembro de 2024, o início das operações do primeiro módulo da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no Complexo Energético de Boaventura, em Itaboraí, Rio de Janeiro. Este marco representa um avanço significativo na produção nacional de gás, com capacidade inicial para processar até 10,5 milhões de metros cúbicos por dia (MMcm/d), e com previsão de dobrar até o final do ano, quando o segundo módulo estiver em operação.

Expansão Estratégica para Fortalecer a Autossuficiência

O Complexo de Boaventura desempenha um papel essencial na estratégia da Petrobras para reduzir a dependência brasileira de importações de gás natural, aproveitando os recursos das águas profundas da Bacia de Santos. O processamento inclui o gás extraído de campos como Tupi, Búzios e Sapinhoá, transportado pelo gasoduto Rota 3, parte do Sistema Integrado de Escoamento de Gás da Bacia de Santos.

Essa expansão não apenas fortalece a autossuficiência energética do Brasil, mas também posiciona o país para atender melhor a demanda interna, aumentando a resiliência do mercado de gás frente a flutuações globais. A diretora de engenharia da Petrobras, Renata Baruzzi, destaca que o Projeto Integrado Rota 3 é crucial para flexibilizar as operações da Petrobras, permitindo que o gás natural seja transportado para várias unidades de processamento da empresa.

“O Projeto Integrado Rota 3 não só aumenta a capacidade de escoamento como também flexibiliza nossas atividades…”, comenta Renata Baruzzi.

Impacto Econômico e Acordos de Longo Prazo

Nos últimos anos, a Petrobras tem sido ativa na formalização de contratos de fornecimento de gás natural, buscando garantir estabilidade no setor energético brasileiro. Em 2023, foram firmados mais de 34 contratos, com volume total estimado em mais de 70 bilhões de metros cúbicos de gás até 2034. Esses contratos surgem de licitações públicas e processos competitivos de livre consumo, assegurando um fluxo constante de fornecimento para distribuidoras e consumidores de grande porte.

A instalação da NGPU (Nova Unidade de Processamento de Gás) no Complexo de Boaventura é parte de um movimento maior da Petrobras para modernizar e ampliar sua infraestrutura de escoamento e processamento de gás. Isso representa um impacto positivo não apenas para o setor de energia, mas também para o mercado de trabalho e o crescimento econômico do Brasil.

Avanço Tecnológico e Inovação no Setor Energético

Além do aumento da capacidade de produção, o Complexo de Boaventura integra inovações tecnológicas voltadas para a eficiência energética e a sustentabilidade. Com novos sistemas automatizados de monitoramento e controle, a Petrobras busca maximizar o aproveitamento dos recursos naturais, enquanto reduz o impacto ambiental.

A Unidade de Processamento de Gás é apenas um dos passos de uma série de investimentos no setor de petróleo e gás, que visam posicionar o Brasil como um líder no fornecimento de energia sustentável e acessível. Por meio desses avanços, a Petrobras reforça seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico, investindo em pesquisa para ampliar a eficiência dos processos e minimizar o uso de recursos naturais.

Futuro da Produção de Gás no Brasil

Com a expansão do Complexo de Boaventura, o Brasil avança na construção de um mercado de gás robusto e autossuficiente, reduzindo a necessidade de importação e fortalecendo sua posição global no setor energético. Este projeto é visto como um divisor de águas na trajetória de crescimento da Petrobras e uma vitória estratégica para a infraestrutura energética do país.

Para mais detalhes sobre a expansão do setor de gás natural e outros projetos da Petrobras, confira nossos artigos sobre as perspectivas econômicas e inovações tecnológicas no setor energético.

André Carvalho

André Carvalho é o fundador do O PETRÓLEO e um jornalista renomado com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energia e offshore. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), André construiu sua carreira cobrindo as principais mudanças e desafios das indústrias energéticas, tanto no Brasil quanto no exterior.

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