Petróleo

Petrobras planeja desembolsar US$ 6 bilhões em dividendos

Os analistas do renomado banco de investimentos Goldman Sachs sinalizam uma futura bonança para os acionistas da Petrobras, antecipando um desembolso de até US$ 6 bilhões em dividendos extraordinários até o início de 2025. Esta projeção divide-se em duas parcelas de US$ 4 bilhões até o fim de 2024 seguido por US$ 2 bilhões nos primeiros meses de 2025.

Apesar de uma recente queda de aproximadamente 20% nos preços do petróleo Brent desde junho, o fluxo de caixa robusto da Petrobras sustenta as perspectivas positivas do banco, que mantém uma recomendação de “compra” para as ações do estatal. Analistas como Bruno Amorim e Guilherme Costa Martins preveem que os ADRs (American Depositary Receipts) da empresa podem atingir US$ 15,40, enquanto as ações no mercado brasileiro podem atingir R$ 43,40 para as ordinárias e R$ 39,40 para como preferenciais.

Este otimismo baseia-se no rendimento superior do fluxo de caixa da Petrobras em comparação com seus concorrentes internacionais, tornando suas ações particularmente atrativas devido à possibilidade de dividendos adicionais. No entanto, a análise é temperada por uma cautela quanto ao potencial de valorização limitada, influenciado pela volatilidade recente do preço do petróleo e pela possibilidade de cortes significativos nos investimentos.

A conjuntura internacional também desempenha um papel crítico, como a fraca demanda por petróleo na China e uma produção inesperadamente alta nos Estados Unidos aumentando a pressão de oferta. Essas variáveis ​​somam-se surpresas positivas nos estoques de petróleo da OCDE, que moderam as expectativas de preço, estabelecendo um ambiente desafiador para os produtores.

À medida que as ações da Petrobras refletem a incerteza do mercado — com as preferenciais e ordinárias registrando quedas de 0,88% e 0,85%, respectivamente — os investidores mantêm-se alerta, ponderando a promessa de dividendos generosos diante das incertezas econômicas internacionais. Os próximos meses serão decisivos para verificar se as opiniões otimistas do Goldman Sachs se concretizarão.

Thailane Oliveira

Thailane Oliveira é engenheira ambiental e especialista em energia renovável, com mais de 12 anos de atuação no mercado. Com uma sólida formação acadêmica na Universidade de São Paulo (USP), Thailane tem se dedicado a estudar e promover o uso de fontes de energia sustentável, como solar e eólica.

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