O recuo aconteceu após a divulgação de um relatório do American Petroleum Institute (API), que apontou um aumento de 1,96 milhão de barris nos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, na semana encerrada em 13 de setembro. Esse aumento também foi observado nos estoques de gasolina e destilados, o que contribuiu para pressionar os preços para baixo.
Os contratos futuros do Brent, com vencimento em novembro, caíram 92 centavos, ou 1,25%, sendo negociados a US$ 72,78 por barril. Já o petróleo WTI, referência norte-americana, para outubro, teve uma queda de 95 centavos, ou 1,33%, cotado a US$ 70,24.
Segundo Ole Hansen, analista do Saxo Bank, o aumento nos estoques nos Estados Unidos acabou por ofuscar as tensões geopolíticas no Oriente Médio, especialmente após explosões atribuídas ao Hezbollah, grupo militante libanês, que prometeu retaliar contra Israel. “Apesar das tensões, os números da API indicam que o aumento de estoques foi suficiente para pressionar os preços”, comentou Hansen.
Essa queda nos preços ocorre após uma recuperação recente do Brent, que havia atingido seu menor valor desde dezembro de 2021, quando ficou abaixo de US$ 70. Contudo, o petróleo enfrenta resistência na marca dos US$ 75, com a demanda global ainda enfraquecida, refletida nas fracas margens de refino.
Além dos estoques, o mercado também está atento à próxima decisão do Federal Reserve (Fed), que poderá anunciar, ainda hoje, o primeiro corte na taxa de juros dos Estados Unidos em mais de quatro anos. A expectativa é de uma redução de até 50 pontos-base, o que poderia impactar o valor do petróleo e outros ativos.
A Administração de Informação de Energia (EIA) dos Estados Unidos divulgará seu relatório oficial de estoques nesta quarta-feira, e a expectativa do mercado é de uma leve queda de 500 mil barris nos estoques de petróleo bruto. No entanto, o foco principal continua sendo a possível escalada de violência no Oriente Médio e os impactos disso sobre o fornecimento global.
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