PetroReconcavo anuncia nova unidade de processamento de gás natural na Bahia

A PetroReconcavo, empresa baiana de energia, anunciou nesta segunda-feira (11) a construção de uma segunda unidade de processamento de gás natural (UPGN) na Bahia. O investimento estimado para o projeto é de US$ 60 milhões e tem como objetivo fortalecer a independência operacional da companhia no estado.

Atualmente, a PetroReconcavo utiliza principalmente a UPGN de Catu, operada pela Petrobras, onde processa aproximadamente 1 milhão de metros cúbicos de gás por dia, o que corresponde a dois terços da capacidade total da planta. A nova unidade, chamada UPGN Miranga, será construída no polo de produção de gás natural de mesmo nome e pretende reduzir pela metade os custos com o processamento do produto.

De acordo com João Vitor Moreira, vice-presidente comercial e de novos negócios da PetroReconcavo, a UPGN Catu, em operação desde a década de 1970, representa um ponto de potencial estrangulamento para os produtores onshore da Bahia. “A manutenção das operações vinculadas às instalações da Petrobras pode limitar nossos planos de expansão da produção a partir de 2027”, explicou Moreira.

O projeto da UPGN Miranga está em fase final de negociação de contrato e será implementado entre 2025 e 2026. A unidade passará pelo processo de licenciamento pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com previsão de conclusão em dezembro de 2027. A expectativa é que a planta, com capacidade inicial de processamento de 950 mil metros cúbicos por dia, inicie suas operações regulares em 2028.

Além dos planos para a Bahia, a PetroReconcavo também estuda a possibilidade de construir uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. Alternativamente, a empresa busca renegociar melhores condições contratuais com a Brava Energia, que controla a UPGN de Guamaré, onde processa o gás natural produzido na região.

A Brava Energia é fruto da fusão entre 3R Petroleum e Enauta, consolidando-se como uma importante parceira no setor.