Os preços do petróleo continuam em trajetória de queda, com variações ainda mais pessimistas para os próximos meses. A fraqueza no mercado deve se estender até o primeiro semestre de 2025, impactada por uma série de fatores, desde a redução na demanda global até o aumento da produção por países fora da OPEP.
Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) e da OPEP indicam uma desaceleração no consumo de petróleo, especialmente nos mercados asiáticos. A China, um dos maiores importadores globais, impactou suas compras em agosto, um movimento que alimentou temores sobre o excesso de oferta. Em paralelo, bancos como Goldman Sachs e Morgan Stanley revisaram para baixo suas projeções de preço para o Brent, reforçando o cenário de baixa.
Por outro lado, a produção de grandes exportadores, como Brasil e EUA, tem aumentado, neutralizando os esforços da OPEP+ para conter a oferta. Um aumento de 1,5 milhão de barris por dia de países fora do cartel contrabalançou os cortes de 1,2 milhão de barris promovidos pela OPEP+, gerando um excesso de petróleo no mercado.
Além dos fatores de demanda e oferta, o aumento nas posições compradas em contratos de Brent e West Texas Intermediate (WTI) por gestores de dinheiro também reforça a visão de um mercado em desaceleração. Embora os analistas reconheçam a possibilidade de uma recuperação técnica de curto prazo, eles alertam que essas altas tendem a ser breves, com uma duração média de apenas 23 dias.
A perspectiva para os próximos meses permanece desfavorável, com a desaceleração da economia global e o fim da temporada de viagens contribuindo para um enfraquecimento adicional da demanda. Aos investidores, a recomendação é clara: reduzir a exposição ao petróleo, já que o caminho de menor resistência aos preços continua sendo o lado negativo.
Destaca-se que, apesar dos esforços da OPEP+ para estabilizar o mercado, as chances de evitar um excedente de petróleo em 2025 são reduzidas, a menos que cortes ainda mais profundos sejam implementados. Isso, porém, pode gerar custos dentro da coalizão, complicando ainda mais a situação.
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