Com a iminência de uma reunião crucial da OPEP+ neste domingo para debater políticas de produção, o mercado petrolífero mostra sinais de agitação. Segundo fontes anônimas, a organização está inclinada a discutir reduções adicionais na produção. Tal notícia, ainda não oficial, já está causando um impacto positivo nos preços do petróleo.
No início desta semana, os preços do petróleo Brent e West Texas Intermediate (WTI) atingiram patamares significativos. O Brent alcançou US$ 81,31 e o WTI US$ 76,49, continuando a tendência ascendente iniciada na sexta-feira. Esse movimento ascendente é uma reação direta às expectativas em torno das decisões da OPEP+.
Os analistas estão reavaliando as projeções do mercado. A produção excedente atualmente em jogo ameaça transformar o déficit previsto para o quarto trimestre de 2023 em um excedente no primeiro trimestre de 2024. Esse cenário, outrora inesperado, agora parece cada vez mais plausível.
Especialistas do Goldman Sachs e do ING compartilham uma visão cautelosa. Eles enfatizam que os cortes mais profundos na produção pela OPEP+ não devem ser descartados, dada a dinâmica atual do mercado. Além disso, a situação poderá se complicar com a possível decisão da Arábia Saudita e da Rússia de reduzirem ainda mais suas produções, conforme indicado em relatórios recentes.
A Bloomberg ressalta a incerteza em torno da adesão de outros membros da OPEP+ aos cortes propostos. Caso esses cortes sejam amplamente adotados, poderá haver um equilíbrio mais estável no mercado, potencialmente evitando o superávit previsto para o início de 2024.
Com a queda dos preços do petróleo desde o final de setembro, a possibilidade de cortes mais amplos na produção torna-se uma estratégia cada vez mais viável para estabilizar o mercado. A reunião da OPEP+ no próximo domingo será, sem dúvida, um evento-chave para definir os rumos do mercado petrolífero nos próximos meses.
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Suzana Melo
