Os preços do petróleo estão registrando uma alta semanal nesta sexta-feira, impulsionados pela decisão da OPEP+ de manter cortes na produção e pelo segundo corte de taxa de juros deste ano pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. A economia crescente dos EUA e as recentes medidas de incentivo na China também contribuem para a valorização.
Na sexta-feira, o petróleo Brent, referência global, estava sendo negociado a US$ 74,66 o barril às 15h27 (horário local), representando um aumento de cerca de 2,5% em comparação ao preço de fechamento de US$ 72,84 da semana anterior. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência dos EUA, era negociado a US$ 71,07, um ganho de 2,9% em relação ao fechamento anterior de US$ 69,10.
O movimento de alta foi desencadeado pela decisão da OPEP+ – um consórcio que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e grandes produtores externos – que, em 3 de novembro, optou por estender os cortes na produção de 2,2 milhões de barris diários até dezembro. A expectativa anterior era de que o grupo aumentasse a produção em 180 mil barris diários a partir do próximo mês, mas a continuidade da restrição no fornecimento deu suporte aos preços.
A atenção dos mercados também se voltou às eleições presidenciais dos EUA, realizadas em 5 de novembro. Donald Trump garantiu um segundo mandato após derrotar a vice-presidente Kamala Harris com 277 votos no colégio eleitoral contra 224. Trump agora tem 75 dias para formar seu gabinete antes de assumir oficialmente o cargo em 20 de janeiro de 2025.
A decisão do Fed sobre a taxa de juros, anunciada na quinta-feira após o resultado eleitoral, confirmou uma redução de 25 pontos-base, levando a taxa para o intervalo entre 4,5% e 4,75%. O presidente do Fed, Jerome Powell, destacou em coletiva que as eleições não influenciariam a política monetária no curto prazo. Esta foi a segunda redução de taxa em quatro anos; a anterior, em setembro, superou expectativas com um corte de 50 pontos-base.
Analistas preveem que a decisão do Fed impulsionará o crescimento econômico e aumentará a demanda por energia, beneficiando o setor petrolífero. Na China, os reguladores também instruíram os bancos a reduzir as taxas de depósitos interbancários para estimular a economia, aumentando as expectativas de maior consumo de petróleo no maior importador mundial.
Essas condições criaram um cenário otimista para o mercado, que agora acompanha de perto os próximos passos dos produtores de petróleo e as políticas monetárias internacionais.
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