A produção de petróleo bruto de países fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem crescido de forma significativa, contribuindo para um desequilíbrio no mercado e pressionando os preços para baixo. Nações como Guiana, Brasil, EUA e Canadá estão impulsionando a oferta global de petróleo, mesmo diante de uma demanda mais fraca, especialmente da China.
Os futuros do petróleo estão atingindo seus níveis mais baixos desde dezembro de 2021, um reflexo direto do aumento da produção não-OPEP e da desaceleração na demanda global. Países como a Guiana, que começaram a produzir petróleo em 2019, têm superado as expectativas de crescimento. A produção diária da Guiana atingiu 650 mil barris por dia (b/d) e pode ultrapassar 850 mil b/d até o final de 2025.
A OPEP, por sua vez, tem buscado conter o impacto dessa oferta crescente com cortes de produção e revisões nas projeções de demanda. O cartel adiou o aumento da produção planejado para outubro de 2024, empurrando-o para dezembro do mesmo ano, e já impediu suas estimativas de crescimento da demanda para os próximos anos.
Enquanto isso, o Canadá também está ampliando sua produção, impulsionada pela expansão de infraestruturas como o óleo Trans Mountain, que adicionou 590 mil bairros por dia de capacidade de transporte. Com isso, a produção canadense deve atingir 5,6 milhões de b/d até 2025.
O Brasil, outro grande produtor, está planejando dificuldades temporárias devido à manutenção de plataformas e greves, mas espera aumentar sua produção de 3,2 milhões para 3,7 milhões de b/d até 2025. Novas unidades flutuantes de produção devem entrar em operação para viabilizar esse crescimento.
Nos Estados Unidos, a produção continua em alta, com destaque para o Golfo do México, onde projetos como Chevron Anchor e Shell Whale devem aumentar a produção de 1,8 milhões para 2 milhões de b/d até o início de 2025.
Essa expansão da oferta global, sem uma demanda correspondente, está instruída sobre os preços do petróleo. A menor demanda da China, que teve uma queda de 7% no ano, apesar de um pico nas importações em agosto, tem sido um fator chave. Os especialistas avaliam que, a menos que a demanda global se recupere de forma significativa, os preços do petróleo deverão continuar sob pressão.
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