
O Programa Acredita, anunciado pelo Governo Federal como uma solução para impulsionar o empreendedorismo entre beneficiários do Bolsa Família, prometeu ser um divisor de águas. Contudo, meses após sua implementação, muitos relatos apontam dificuldades no acesso ao crédito e questionamentos sobre a efetividade da iniciativa.
O que é o Programa Acredita?
O programa foi divulgado como uma oportunidade para que famílias em situação de vulnerabilidade econômica, cadastradas no CadÚnico, obtenham microcréditos a juros baixos e sem necessidade de avalista. A proposta era estimular pequenos negócios, oferecendo apoio técnico e financeiro aos beneficiários. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, mais de 30 mil pessoas já teriam sido atendidas.
Como deveria funcionar o crédito?
Conforme o governo, o crédito oferecido pelo Programa Acredita tem os seguintes benefícios:
- Taxas de juros abaixo do mercado;
- Atuação prioritária junto a mulheres, jovens, negros e populações tradicionais;
- Isenção de avalista;
- Orientação sobre planejamento e uso do crédito.
A meta era realizar 1,25 milhão de operações de microcrédito até 2026, injetando R$ 7,5 bilhões na economia.
A realidade: burocracias e frustrações
Apesar das promessas, beneficiários relatam dificuldades. Instituições como Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, responsáveis pela liberação do crédito, estariam exigindo avalistas e outros requisitos que contradizem a proposta inicial. “Prometeram que seria simples, mas quando chegamos ao banco, pedem avalistas e outros documentos que tornam impossível o acesso”, afirmou um beneficiário que tentou solicitar o crédito.
Outro ponto de tensão é a ausência de participação da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil na concessão dos empréstimos, gerando dúvidas sobre a expansão do programa.
Expectativa frustrada ou questão de tempo?
O ministro Wellington Dias, responsável pela pasta do Desenvolvimento Social, afirmou que a proposta visa alcançar milhões de brasileiros. No entanto, a falta de clareza nos critérios e a burocracia enfrentada em algumas regiões estão desacreditando o programa entre os potenciais beneficiários.
Enquanto isso, a promessa de inclusão produtiva fica distante para muitos. “O governo precisa garantir que o crédito chegue a quem realmente precisa, sem entraves”, defendeu um especialista em políticas públicas.
Próximos passos
O Governo Federal ainda precisa esclarecer como pretende atingir suas metas ambiciosas, especialmente diante das críticas crescentes. Enquanto isso, o público segue aguardando que bancos como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil passem a oferecer o crédito.
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