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Resgate histórico: Navio Verity é içado quase um ano após tragédia no Mar do Norte

A Autoridade de Navegação e Navegação da Alemanha (WSV) anunciou a conclusão do salvamento do navio de carga Verity, que naufragou em outubro de 2023 após uma colisão no Mar do Norte. A embarcação, registrada na Ilha de Man, afundou em uma movimentada rota marítima ao sul de Heligoland após colidir com o graneleiro Polesie. O incidente resultou na perda de cinco tripulantes, incluindo o capitão.

A operação, que teve início no verão de 2024, envolveu a retirada de 187 bobinas de aço da carga e a remoção de partes da estrutura do navio. Para facilitar o salvamento, a embarcação foi cortada ao meio, permitindo que as seções de proa e popa fossem içadas separadamente. O uso do guindaste flutuante HEBO Lift 10, um dos mais potentes da Europa, foi crucial para o sucesso da operação.

Na última semana, a seção de popa, com peso de 600 toneladas, foi elevada e transportada para uma barcaça. Durante essa fase, os restos mortais de um dos tripulantes desaparecidos foram encontrados em uma cabine. A polícia alemã assumiu o controle do caso, enquanto três outros tripulantes continuam desaparecidos.

Na noite do dia 3 de setembro, a seção de proa foi finalmente içada, encerrando a principal etapa de remoção do navio. Ambas as seções serão encaminhadas para a Holanda, onde passarão por processos de reciclagem.

De acordo com Eric Oehlmann, chefe da Diretoria Geral de Hidrovias e Navegação, a operação foi considerada um sucesso, com todas as etapas sendo realizadas com segurança e precisão. A fase final do salvamento será a limpeza do fundo do mar, onde ainda há detritos a serem removidos.

A investigação do acidente segue em andamento pelas autoridades marítimas britânicas, com o apoio da Alemanha. O relatório final do incidente ainda não foi divulgado.

André Carvalho

André Carvalho é o fundador do O PETRÓLEO e um jornalista renomado com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energia e offshore. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), André construiu sua carreira cobrindo as principais mudanças e desafios das indústrias energéticas, tanto no Brasil quanto no exterior.

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