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Vitória de Trump abala a transição energética e gera ganhos de US$ 1,2 Bilhão para fundos

Os mercados globais reagiram de forma concorrente à eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, resultando em um impacto significativo nas ações de empresas do setor de energia renovável. Os fundos de hedge que apostaram contra essas empresas registraram lucros impressionantes, enquanto as dúvidas sobre o futuro da transição energética ganham força.

O Que Está Acontecendo?

Em um movimento inesperado, fundos de hedge que apostaram na queda de ações ligadas à transição energética acumularam US$ 1,2 bilhão em ganhos nesta semana, segundo o Financial Times . As ações de empresas de energia solar, eólica, hidrogênio e veículos elétricos despencaram após a confirmação de que Donald Trump ocupará a presidência.

Entre os destaques, as gigantes americanas Sunrun e Plug Power registraram quedas de 30% e 22%, respectivamente, resultando em perdas de mercado que renderam US$ 350 milhões para os especuladores. Na Europa, nomes como Ørsted e Nordex também sofreram perdas significativas, com quedas de 13% e 8%, respectivamente.

Por que isso está acontecendo?

Trump tem sido um crítico vocal das políticas de transição energética, destacando sua oposição à energia eólica offshore. Durante sua campanha, ele prometeu eliminar subsídios e regulamentos que apoiam esses setores.

“Vamos garantir que isso aconteça no primeiro dia”, declarou Trump, referindo-se à energia eólica offshore. Ele justificou suas críticas apontando impactos ambientais e altos custos.

Essa postura levanta preocupações sobre a revisão de legislações cruciais, como os subsídios federais que permitiram a ascensão de setores como o solar e o hidrogênio nos Estados Unidos.

Impacto no Setor Energético

Mercados de Energia Renovável em Crise

As ações de empresas de energia renovável, especialmente nos Estados Unidos, sofreram quedas abruptas. Isso não apenas abala a confiança dos investidores, mas também ameaça o ritmo de desenvolvimento de projetos sustentáveis.

Pressão Global sobre a Transição Energética

Embora os Estados Unidos desempenhem um papel central na transição energética global, uma mudança de liderança pode desencadear uma consequência na cadeia, afetando os mercados europeus e asiáticos. As empresas que dependem de parcerias e financiamento americano para tecnologias limpas são particularmente vulneráveis.

O Que Esperar no Futuro?

Embora Trump tenha prometido mudanças drásticas, os especialistas destacam que a implementação dessas medidas enfrenta obstáculos. Os Estados republicanos que também se beneficiam de incentivos federais podem oferecer resistência à eliminação de subsídios.

Análise: “A tensão entre as promessas políticas de Trump e os benefícios econômicos que alguns estados republicanos colhem dos subsídios federais criam uma dinâmica complexa. Os impactos de longo prazo dependerão da habilidade do governo em equilibrar essas forças”, afirma um analista do setor.

Como os Fundos de Hedge Aproveitaram a Situação?

Os fundos que apostaram na desvalorização de ações específicas do setor renovável utilizam estratégias conhecidas como “venda a descoberto”, lucrando com a queda de preços. Dados da S3 Partners revelam que essas estratégias foram altamente lucrativas nesta semana.

Um Cenário de Incertezas

A eleição de Trump representa um divisor de águas para a transição energética global. Com promessas de reverter avanços legislativos e um mercado já em queda, o futuro das energias renováveis ​​enfrenta desafios importantes. Por outro lado, essa volatilidade criou oportunidades para investidores que aproveitaram o momento.

Enquanto o mundo aguarda os primeiros passos do novo governo, a pergunta que fica é: até onde os Estados Unidos irão na revisão de suas políticas climáticas, e qual será o impacto disso na luta contra as mudanças climáticas?

Joice Santos

Joice Santos é uma correspondente especial do portal Click Petroléo. Ela atualmente mora em São Paulo e escreve sobre os setores de petróleo e gás , Bioconbustivéis e Refinaria. Anteriormente, ela acompanhou de perto o comércio e a indústria internacionais, a política macroeconômica e as relações exteriores. Ex-aluna do Instituto Indiano de Comunicação de Massa, suas passagens anteriores incluem Moneycontrol.

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