A América do Sul está desempenhando um papel fundamental no crescimento da oferta mundial de petróleo bruto, destacando-se como um polo de expansão, enquanto outras regiões enfrentam desafios para manter seus níveis de produção. O Brasil, a Guiana e a Argentina estão à frente desse aumento, aproveitando suas reservas e novas tecnologias para expandir a produção.
Brasil lidera com avanços offshore
No Brasil, a produção de petróleo bruto tem mostrado sinais robustos de recuperação após um período de declínio devido a manutenções e interrupções operacionais. A Petrobras, empresa estatal, é um dos motores por trás desse crescimento, com a produção média alcançando 3,41 milhões de barris por dia (bpd) em junho de 2024. A expectativa é de que a produção continue a aumentar com a entrada de novos projetos como Mero 3, Búzios 7 e Bacalhau Fase 1, previstos para adicionar 460.000 bpd até o final de 2025.
Guiana e Argentina expandem capacidades
A Guiana também está se destacando no cenário petrolífero global. Com uma produção prevista para retornar ao normal em setembro, após interrupções para manutenção e instalação de infraestrutura de gás, o país espera alcançar uma média de 610.000 bpd no quarto trimestre de 2024. Enquanto isso, a Argentina continua a crescer graças à exploração de xisto no play de Vaca Muerta, um dos mais promissores da América Latina. A produção de xisto na Argentina responde atualmente por 56% do total de petróleo bruto do país e deve continuar em expansão nos próximos anos.
Venezuela e Colômbia enfrentam incertezas
Contrapondo-se ao crescimento de seus vizinhos, a Venezuela e a Colômbia enfrentam incertezas em suas produções de petróleo. Na Venezuela, apesar de um crescimento gradual desde o alívio das sanções em 2023, as eleições controversas e a instabilidade política lançam dúvidas sobre o futuro da produção. Já a Colômbia deve ver sua produção de petróleo atingir o pico em 2024 antes de iniciar um declínio devido ao envelhecimento dos ativos e à falta de investimentos em novas explorações.
Com essas dinâmicas, a América do Sul se posiciona como uma região chave para o fornecimento global de petróleo bruto nos próximos anos, impulsionada por investimentos em tecnologias avançadas e novas descobertas de reservas. No entanto, os desafios políticos e econômicos persistem, exigindo uma gestão cuidadosa para manter o ritmo de crescimento e garantir a estabilidade no mercado energético.
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