O mercado global de petróleo enfrenta uma notável queda nos preços, com uma drástica redução observada desde o final de agosto, principalmente devido à fraca demanda das principais economias mundiais. O Brent, um indicador chave, viu seu valor despencar para US$ 68,68, o nível mais baixo desde dezembro de 2021, com o West Texas Intermediate (WTI) dos EUA também atingindo baixas recordes. Esse declínio vem em um momento em que as importações chinesas de petróleo ainda não se recuperaram aos níveis do ano passado, aumentando as preocupações globais.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revisou suas previsões para o crescimento da demanda em 2024, enquanto o grupo OPEP+ adiou o aumento de produção planejado, em um esforço para estabilizar o mercado. Analistas, como Bjarne Schieldrop, expressam pessimismo, destacando a incerteza econômica na China e uma possível desaceleração nos EUA como fatores cruciais nesse cenário.
Estrategistas de mercado alertam para possíveis novas quedas, com previsões de que o Brent possa atingir US$ 60 no próximo ano devido a um potencial excedente. A OPEP+, que decidiu postergar o aumento da produção de 180.000 barris por dia, enfrenta desafios para manter os preços estáveis, com a possibilidade de perder participação de mercado para outros produtores como EUA, Brasil e Canadá.
Neste contexto, a decisão da OPEP de adiar aumentos de produção ainda não trouxe a estabilidade desejada, segundo Nitesh Shah da WisdomTree, que sugere que medidas de longo prazo são necessárias para tranquilizar o mercado. A recente tendência de fechamento da lacuna entre os preços futuros e os atuais também indica possíveis aumentos de estoque, uma situação típica em períodos de recessão, embora o Morgan Stanley não preveja uma recessão iminente.
Os preços mais baixos do petróleo podem influenciar a economia dos EUA às vésperas das eleições presidenciais, potencialmente beneficiando a vice-presidente Kamala Harris por meio da redução dos custos de gasolina e controle da inflação. Este cenário de preços voláteis e economia incerta continua a ser um desafio para os formuladores de políticas e investidores globais.
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