A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mantém uma visão otimista para o mercado global de petróleo, contrariando previsões de queda na demanda. Apesar dos desafios econômicos e da desaceleração da economia chinesa, a organização projeta um crescimento significativo, estimando um aumento de 1,9 milhão de barris por dia em 2024. Esta previsão é mais elevada que a de muitos analistas independentes, com a Agência Internacional de Energia (AIE) prevendo uma alta de cerca de 900 mil barris diários para o próximo ano.
O secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, ressaltou que a organização está confiante em suas projeções, mesmo diante de análises menos otimistas. Al Ghais, em uma conferência em Abu Dhabi, afirmou que os números da OPEP estão alinhados com a maioria dos analistas, mas se destacam por sua perspectiva de crescimento robusto. A organização revisou recentemente suas estimativas, projetando um aumento de 1,64 milhão de barris por dia em 2025, com um foco especial no crescimento da demanda chinesa, estimado em 600 mil barris diários em 2024.
A economia chinesa, maior importadora de petróleo do mundo, é um dos fatores de incerteza para o mercado. As recentes iniciativas de estímulo de Pequim não têm gerado o crescimento esperado, levando a revisões nas projeções. No entanto, Al Ghais acredita que a demanda chinesa por petróleo continuará forte e menciona sinais positivos também no mercado norte-americano, com destaque para os setores petroquímico e de aviação.
Para equilibrar a oferta e a demanda, a OPEP+, aliança que inclui países não-membros da OPEP, ajustou recentemente sua estratégia de produção. A decisão de adiar um aumento de produção previsto para dezembro impulsionou os preços globais do petróleo, com o Brent alcançando US$ 75,27 por barril e o West Texas Intermediate (WTI) registrando um aumento de 2,24%. Al Ghais afirmou que a medida visa manter os preços em níveis sustentáveis, destacando que o grupo continuará monitorando o mercado até sua próxima reunião em 1º de dezembro.
A OPEP também considera os desafios de longo prazo, como o crescimento dos veículos elétricos e o avanço das fontes renováveis de energia. A organização reconhece a necessidade de ajustes para enfrentar essas mudanças, mas mantém uma visão confiante na resiliência do mercado de petróleo, apostando no crescimento do setor energético mesmo em meio às transformações no cenário econômico global.
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