Um estudo da consultoria Clean Energy Latin America (CELA) projeta que o Brasil tem potencial para atingir 18,2 gigawatts (GW) em capacidade de armazenamento de energia até 2040. Esse crescimento depende de incentivos governamentais, regulamentações específicas e maior ambição do setor. Caso o ritmo atual seja interrompido, o mercado de armazenamento no país deverá crescer 12,8% ao ano, acumulando 7,2 GW até 2040, excluindo sistemas do lado do cliente, conhecidos como atrás do medidor .
Iniciativas do Governo Federal Podem Impulsionar o Setor
Um leilão de reserva de capacidade, previsto para junho de 2025, pode ser um marco para o mercado brasileiro de armazenamento. O evento incluirá projetos com sistemas de armazenamento de energia elétrica, exigindo uma disponibilidade mínima de potência de 30 MW e capacidade de despacho contínuo por pelo menos quatro horas diárias. Esses sistemas funcionavam de acordo com as diretrizes do Operador Nacional do Sistema (ONS), com limite de um ciclo diário de carga e descarga.
Segundo Camila Ramos, presidente-executiva da CELA, “permitir o armazenamento de energia renovável gerada em períodos de baixa demanda pode reduzir significativamente os efeitos do corte , cortes recorrentes na geração solar e eólica. Além disso, aumenta a flexibilidade operacional e fomenta a digitalização da rede elétrica brasileira.”
Benefícios do Armazenamento para o Sistema Elétrico
O armazenamento de energia desempenha um papel fundamental na estabilização e modernização do Sistema Interligado Nacional (SIN), contribuindo para a integração de fontes renováveis, como solar e eólica, e perdas associadas aos cortes de geração. A implementação dessa tecnologia pode acelerar os debates regulatórios, estimular a inovação no setor e viabilizar um sistema elétrico mais resiliente e sustentável.
Desafios e Oportunidades
Apesar do potencial, os especialistas alertam para a necessidade de incentivos financeiros e um arcabouço regulador robusto que permita a inserção eficaz desses sistemas no mercado. A previsão de crescimento para 18,2 GW até 2040 é ambiciosa, mas depende diretamente de políticas públicas e esforços coordenados entre governo, setor privado e organismos reguladores.
Com essa perspectiva, o Brasil pode se tornar um dos líderes no setor de armazenamento de energia na América Latina, consolidando sua posição como referência na transição energética global.
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