O setor de energia no Brasil está prestes a dar um salto significativo com a parceria entre a Eletrobras e a Gosolar. As duas gigantes formaram uma joint venture para desenvolver usinas solares flutuantes, instalando painéis solares em reservatórios hidrelétricos em quatro locais estratégicos: Sapucaia, no Rio de Janeiro, e Jequié, Paulo Afonso e Sobradinho, na Bahia. O projeto foi recentemente aprovado sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Essa iniciativa representa uma abordagem pioneira no país, unindo inovação tecnológica e sustentabilidade. A Eletrobras, maior concessionária de energia da América Latina, traz sua expertise em operações de larga escala, enquanto a Gosolar, subsidiária da Goener Participações, contribui com especialização em geração de energia em pequena escala. Essa colaboração busca maximizar a eficiência operacional e fortalecer o setor de energia solar, que está em franca expansão no Brasil.
Crescimento do mercado solar brasileiro
O mercado de energia solar no Brasil vem registrando crescimento acelerado, com projeções indicando que o país alcançará uma capacidade instalada de 97,46 gigawatts até 2028. Isso representa uma taxa de crescimento anual de 23,30%. O projeto Eletrobras-Gosolar surge como uma resposta ao potencial desse mercado e à crescente demanda por fontes de energia renováveis e sustentáveis.
Vantagens da tecnologia solar flutuante
As usinas solares flutuantes oferecem diversos benefícios em comparação às instalações terrestres. Além de preservar o uso do solo, a tecnologia utiliza os corpos d’água existentes, aproveitando o efeito de resfriamento da água para aumentar a eficiência dos painéis solares. Outra vantagem significativa é a redução da evaporação nos reservatórios, um fator essencial em regiões que enfrentam desafios hídricos.
Além disso, o uso de infraestruturas de transmissão já existentes em reservatórios hidrelétricos reduz custos e acelera a implementação dos projetos. Essas características tornam a tecnologia solar flutuante uma solução viável e sustentável para o Brasil.
Políticas energéticas e compromissos ambientais
O Brasil tem reforçado seu compromisso com a diversificação de sua matriz energética, buscando aumentar a participação de fontes renováveis não hidrelétricas para 28% até 2027, conforme o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE) 2027. A aprovação desse projeto pelo Cade reflete um ambiente regulatório favorável à inovação e ao desenvolvimento sustentável.
A Eletrobras, que já possui um portfólio predominantemente composto por fontes de baixa emissão de gases de efeito estufa, consolida sua posição como líder em iniciativas de energia renovável. Em 2019, 96% de sua capacidade instalada veio de fontes como energia solar, nuclear, eólica e hidrelétrica. Com este novo empreendimento, a empresa expande ainda mais sua contribuição para uma matriz energética mais limpa e diversificada.
A parceria entre Eletrobras e Gosolar marca um passo decisivo para o setor de energia no Brasil, promovendo inovação e sustentabilidade em um momento crítico de transição energética global. Com a implementação das usinas solares flutuantes, o país avança na busca por soluções que equilibrem crescimento econômico, eficiência energética e proteção ambiental, consolidando sua posição como referência em energia renovável.
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