A Petrobras deu início à operação comercial da primeira fase da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no complexo energético de nova unidade em Boaventura, localizado em Itaboraí, no estado do Rio de Janeiro. A instalação faz parte do ambicioso projeto integrado Rota 3 (PIR3), que visa ampliar o transporte e processamento de gás associado ao pré-sal da Bacia de Santos.
Na inauguração, o Trem 1 da UPGN começou a processar cerca de 10,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, proveniente de campos do cluster do pré-sal. Este gás é transportado pelo novo gasoduto Rota 3, com 355 km de extensão, sendo 307 km em alto-mar e 48 km em terra. A Petrobras também anunciou que o Trem 2 da unidade deverá entrar em operação comercial no final de 2024, dobrando a capacidade total de processamento para 21 milhões de metros cúbicos por dia.
Um Marco no Processamento de Gás do Pré-Sal
A UPGN Boaventura está equipada para processar a matéria-prima em diversos produtos, como gás natural para uso comercial e residencial, gás liquefeito de petróleo (GLP) e compostos como C5+, utilizado na produção petroquímica e de combustíveis. Esse avanço é fundamental para reduzir a dependência do Brasil de importações de gás, aumentar a oferta de energia limpa no mercado interno e consolidar a posição da Petrobras como líder em sustentabilidade no setor energético.
Segundo Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, o projeto PIR3 oferece maior flexibilidade às operações da companhia. “Além de aumentar a capacidade de escoamento do pré-sal, o PIR3 permite que o gás da Bacia de Santos seja direcionado para diferentes unidades de processamento, independente do ponto de conexão,” destacou Baruzzi.
Impacto no Mercado e Expansão da Infraestrutura
A UPGN Boaventura é parte essencial do sistema integrado da Bacia de Santos, que engloba grandes campos de produção como Tupi, Búzios e Sapinhoá. Além disso, a Petrobras já firmou mais de 34 contratos de fornecimento de gás natural em 2023, prevendo vendas de mais de 70 bilhões de metros cúbicos até 2034.
O complexo de Boaventura também será palco de novos empreendimentos a partir de 2025, incluindo a construção de duas usinas termelétricas a gás e unidades de produção de combustíveis de baixo enxofre e óleos lubrificantes. Essas instalações devem aumentar significativamente a capacidade produtiva da Petrobras, incluindo a fabricação de 75 mil barris diários de diesel S-10, 12 mil barris diários de óleos básicos do Grupo II e 20 mil barris diários de querosene de aviação.
Perspectivas para o Futuro
O início das operações do gasoduto Rota 3 e da UPGN Boaventura representa um avanço estratégico no compromisso da Petrobras com a transição energética e a sustentabilidade. Com investimentos contínuos e uma estrutura moderna, a companhia busca não apenas atender à crescente demanda interna por energia, mas também fortalecer sua posição no mercado global de gás natural.
Essa expansão reflete o objetivo da Petrobras de promover uma matriz energética mais limpa, eficiente e competitiva, alinhada às metas de redução de carbono e ao desenvolvimento sustentável do Brasil.
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