A Índia, um dos maiores consumidores globais de petróleo, vê com otimismo os esforços de grandes produtores como Estados Unidos, Canadá e Brasil em aumentar suas produções. O Ministro do Petróleo da União, Hardeep Singh Puri, afirma que essa expansão é crucial para a estabilização dos mercados globais de petróleo e para a contenção da volatilidade dos preços.
Durante a 12ª Cúpula de Empresas do Setor Público (PSE), organizada pela Confederação da Indústria Indiana (CII), Puri detalhou os planos de expansão da produção. “O Brasil planeja adicionar entre 300.000 a 400.000 barris por dia, enquanto os EUA poderão aumentar a produção em mais um milhão de barris nos próximos anos”, explicou.
Este incremento na produção é parte de uma estratégia maior para garantir a segurança energética da Índia, que busca não só manter sua economia em crescimento, mas também alcançar o status de terceira maior economia mundial até 2028 e uma nação plenamente desenvolvida até 2047.
O ministro destacou a transformação econômica da Índia desde 2014, apontando que o país se tornou a quinta maior economia global. “Este crescimento foi impulsionado por reformas significativas e pelo papel essencial das Empresas Centrais do Setor Público (CPSEs)”, afirmou Puri. Os números financeiros revelam que o patrimônio líquido das CPSEs saltou 82%, de Rs 9,5 trilhões no ano fiscal de 2014 para Rs 17,33 trilhões em 2023. A contribuição dessas empresas para o tesouro nacional mais que dobrou no mesmo período, refletindo sua importância para a economia do país.
O Ministro também abordou a estratégia energética da Índia, que busca um equilíbrio entre o uso de combustíveis fósseis e a expansão da energia limpa. As reformas no setor de Exploração e Produção (E&P) incluem a redução em 99% das áreas “proibidas” para exploração nas Zonas Econômicas Exclusivas, abrindo caminho para novas oportunidades.
Além disso, o progresso da energia renovável foi destacado, com a mistura de etanol crescendo significativamente. “Em 2014, a mistura de etanol era de apenas 1,53% e agora já atinge 15% em 2024”, comentou Puri, indicando uma mudança significativa na matriz energética do país.
Puri concluiu sua fala elogiando o CII pela organização da cúpula e destacou a importância desses eventos para promover a colaboração e orientar os CPSEs em direção a um crescimento sustentável e alinhado com as necessidades energéticas globais.
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