O mercado de petróleo bruto enfrentou uma queda significativa na terça-feira, marcada pela primeira vez em nove meses que o spread entre os contratos futuros imediatos e de um mês foi negociado negativamente, indicando um excesso de oferta. Essa situação ocorre em um momento em que o mercado já está sensível devido às escaladas nas tensões entre Rússia e Ucrânia, o que também tem impulsionado a volatilidade dos mercados financeiros.
Os preços do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) e Brent foram negociados respectivamente a US$ 68,89 e US$ 72,87. Essa queda de preço surge em um contexto de superávit anunciado pela Agência Internacional de Energia (AIE), que prevê um excedente de mais de um milhão de barris por dia em 2025.
Adicionalmente, as tensões geopolíticas têm afetado diretamente o índice do dólar americano (DXY), que recuperou as perdas após a notícia de que o presidente russo, Vladimir Putin, aprovou mudanças na doutrina nuclear do país. As alterações permitem o uso de armas nucleares na Ucrânia em caso de ataque a instalações russas. Em resposta, a Ucrânia avançou com ataques usando mísseis ATACMS contra a Rússia, desencadeando movimentos em busca de segurança em moedas como o dólar americano e o iene japonês.
No front técnico, a breve recuperação dos preços na segunda-feira foi insustentável, com o mercado novamente sob pressão devido a preocupações persistentes com a demanda na China e o excesso de oferta nos EUA. O primeiro nível de suporte técnico para o WTI está em US$ 67,12, seguido por um suporte mais crítico em US$ 64,75, a mínima do ano até agora.
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