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ANP aprova licitação de blocos do pré-sal com mudanças estratégicas e Petrobras de olho no bloco Jaspe

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) deu sinal verde para a licitação de 14 blocos do pré-sal, abrindo uma nova rodada de oportunidades para o setor de petróleo no Brasil. A minuta do edital foi aprovada e segue agora para o Ministério de Minas e Energia, onde será analisada antes de passar por consulta pública.

Entre os blocos em destaque, o bloco Jaspe atraiu o interesse da Petrobras, que pretende exercer seu direito de preferência, o que poderia garantir à estatal a operação do ativo, mesmo que não ofereça a maior proposta. Esse movimento sinaliza a estratégia da Petrobras em manter sua presença nos campos mais promissores do pré-sal.

A licitação faz parte do modelo de “área aberta”, que permite a oferta contínua de blocos exploratórios, tanto em bacias terrestres quanto marítimas. No entanto, as empresas precisam demonstrar interesse à ANP para que uma rodada de licitação seja organizada.

Esse sistema de área aberta inclui blocos em regime de concessão e de partilha de produção, oferecendo flexibilidade às empresas que desejam explorar o potencial do pré-sal, uma área considerada vital para o desenvolvimento energético do país.

Apesar do grande potencial, o setor enfrenta desafios. Na última rodada de licitações, apenas um dos seis blocos ofertados foi arrematado, o que gerou preocupações sobre o interesse no pré-sal. Especialistas do setor acreditam que as áreas mais valiosas já foram exploradas, enquanto os blocos restantes apresentam maiores riscos.

Para contornar essa questão, a ANP incluiu mudanças no edital, como a flexibilização do conteúdo local e a possibilidade de substituição da perfuração de poços por atividades de sísmica 3D. A exclusão de algumas taxas e a inclusão de medidas para reduzir emissões de gases de efeito estufa são outras novidades que buscam atrair mais investidores.

Thailane Oliveira

Thailane Oliveira é engenheira ambiental e especialista em energia renovável, com mais de 12 anos de atuação no mercado. Com uma sólida formação acadêmica na Universidade de São Paulo (USP), Thailane tem se dedicado a estudar e promover o uso de fontes de energia sustentável, como solar e eólica.

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