A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo bruto, está preparando uma redução no fornecimento de petróleo à China, maior importador global, devido à fraca demanda. Fontes comerciais revelaram à Reuters nesta segunda-feira que o corte será efetivo em dezembro.
Mesmo com a recente redução dos preços oficiais de venda (OSPs) do petróleo saudita destinado à Ásia para o próximo mês, a oferta ao mercado chinês seguirá em queda. Essa redução representa o segundo mês consecutivo de menor fornecimento, totalizando 36,5 milhões de barris, abaixo dos 37,5 milhões de barris previstos para novembro e dos 46 milhões de barris registrados em outubro, conforme dados da Reuters.
Essa diminuição também marca o menor volume mensal desde julho, com as grandes estatais chinesas PetroChina, Sinopec e Sinochem planejando transportar cargas menores do Reino. Na semana passada, a Aramco, estatal saudita, anunciou um corte de US$ 0,50 por barril no preço do Arab Light, fixando-o em US$ 1,70 por barril acima das referências Dubai/Omã, usadas como base para os mercados asiáticos.
A Arábia Saudita também diminuiu os OSPs de todos os seus tipos de petróleo bruto, incluindo Arab Extra Light, Super Light, Arab Medium e Arab Heavy, embora os cortes nos tipos mais pesados tenham sido mais moderados comparados aos tipos mais leves.
Importações em queda e impactos no mercado
As importações chinesas de petróleo têm registrado resultados desapontadores ao longo de 2024. Em outubro, pela sexta vez consecutiva, o volume de cargas recebidas ficou abaixo das importadas nos mesmos meses de 2023, de acordo com dados divulgados pelas autoridades chinesas.
A menor capacidade de refino em uma unidade da PetroChina e a fraca demanda persistente das refinarias independentes chinesas, conhecidas como teapots, contribuíram para essa queda. A demanda mais baixa do que o esperado pode ter influenciado a decisão do grupo OPEP+ de adiar a flexibilização dos cortes de produção, previamente programada para dezembro de 2024, para janeiro de 2025.
Embora o grupo OPEP+ não tenha dado uma justificativa clara para o adiamento, analistas sugerem que a incerteza na demanda chinesa desempenhou um papel importante na decisão.
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