Brasil investe em hidrogênio geológico com levantamentos sísmicos de alta tecnologia

O Brasil deu um passo estratégico rumo ao futuro energético ao anunciar a exploração do hidrogênio geológico, também chamado de hidrogênio natural. A iniciativa, liderada pelo Observatório Nacional, foi confirmada nesta quarta-feira e contará com levantamentos sísmicos de alta tecnologia para identificar potenciais áreas de extração.

Trata-se de um recurso energético renovável e considerado de baixíssimo impacto ambiental, que pode se tornar peça-chave na transição energética global e na redução das emissões de carbono.

O papel do Observatório Nacional

O projeto é conduzido por especialistas em geociências do Observatório Nacional, que utilizarão métodos avançados de mapeamento sísmico para localizar reservatórios subterrâneos onde o hidrogênio natural é produzido e armazenado.

De acordo com os pesquisadores, o hidrogênio geológico pode representar uma alternativa mais barata e sustentável em comparação ao hidrogênio verde, cuja produção exige alto consumo de energia elétrica para eletrólise da água.

Potencial energético e impacto para o Brasil

O Brasil já é reconhecido por sua matriz energética diversificada e limpa, baseada em fontes como hidroeletricidade, biomassa e energia eólica. Agora, o avanço na exploração do hidrogênio natural pode consolidar o país como líder mundial em energia renovável.

Entre os benefícios esperados estão:

• Redução de custos na produção de hidrogênio;

• Fortalecimento da segurança energética nacional;

• Novas oportunidades de investimento em infraestrutura e tecnologia;

• Exportação para mercados internacionais em busca de soluções de baixo carbono.

O mercado global de hidrogênio

O hidrogênio vem ganhando espaço nos debates internacionais sobre transição energética. Governos e empresas de energia estão ampliando investimentos em diferentes modalidades do combustível – do verde (eletrólise da água com energia renovável) ao azul (produção a partir do gás natural com captura de carbono).

Nesse cenário, o hidrogênio geológico surge como uma alternativa natural e competitiva, que pode acelerar a adoção desse vetor energético em larga escala.