Os preços do petróleo atingiram sua mínima em nove meses, afetados por dados econômicos desanimadores dos Estados Unidos e da China e por crescentes temores de uma recessão global. Essa queda marca uma diminuição significativa na demanda e intensifica a incerteza nos mercados financeiros.
Neste contexto, os contratos futuros do petróleo tipo WTI caíram para abaixo de US$ 70 por barril, um patamar não observado desde dezembro de 2023. Da mesma forma, os futuros do Brent recuaram para menos de US$ 74 por barril. Ambos os indicadores sofreram uma redução de mais de 10% desde o final de agosto, refletindo uma desvalorização considerável e rápida.
O sentimento de aversão ao risco ganhou força após uma significativa queda no setor de tecnologia, com destaque para a Nvidia, que influenciou negativamente os mercados globais. O Índice de Volatilidade CBOE, também conhecido como “indicador de medo do mercado”, atingiu seu nível mais alto em um mês, superando 20 pontos, sinalizando uma maior cautela entre os investidores.
Economicamente, os sinais de alerta se acumulam. Os Estados Unidos divulgaram um Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Manufatura mais fraco do que o esperado, indicando que a atividade fabril está em contração há quatro meses consecutivos. Além disso, a redução nas vagas de emprego, para o nível mais baixo desde janeiro de 2021, reforça a perspectiva de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve no próximo mês.
Por outro lado, a China, maior importadora mundial de petróleo, também apresentou um PMI de manufatura abaixo do esperado, o que reforça a tendência de desaceleração na produção industrial do país.
No cenário geopolítico, embora os preços do petróleo tenham experimentado um breve aumento no final de agosto devido ao agravamento do conflito entre Irã e Israel e interrupções na produção na Líbia, as preocupações com uma recessão estão ofuscando as tensões geopolíticas.
A OPEP+, em resposta à queda dos preços, pode adiar seus planos de aumentar a produção em outubro. A organização e seus aliados já haviam estendido cortes significativos na produção até o final de 2025, numa tentativa de estabilizar o mercado.
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