
A entrevista realizada no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é a porta de entrada para o Cadastro Único, sistema fundamental para identificar famílias de baixa renda e incluí-las em programas sociais como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e até isenção em programas estaduais.
Esse processo é conduzido por um entrevistador social, responsável por preencher um formulário detalhado com informações sobre todos os integrantes da família, renda, moradia e despesas. Com base nesses dados, o governo federal traça o perfil socioeconômico da família e verifica a elegibilidade para as políticas públicas de assistência social.
O que acontece na entrevista do CadÚnico?
Durante a entrevista, são feitas perguntas para entender a realidade da família. Entre as informações solicitadas estão:
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Número de pessoas que vivem na residência e grau de parentesco;
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Se o imóvel é próprio, alugado ou cedido;
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Renda de cada integrante e principais despesas mensais;
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Nível de escolaridade de cada membro;
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Existência de pessoas com deficiência ou doenças crônicas;
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Situação de emprego ou vínculo com o mercado de trabalho.
Esses dados são cruzados com outros cadastros oficiais, como Receita Federal e INSS, garantindo que as informações sejam consistentes.
Quem deve comparecer à entrevista e quais documentos levar?
O responsável familiar – que será o porta-voz da família no Cadastro Único – deve ter pelo menos 16 anos e apresentar:
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CPF e documento com foto;
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Comprovante de residência atualizado;
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Documentos de todos os moradores da casa.
Desde 2023, o CPF é obrigatório para todos os membros da família, inclusive crianças. A ausência de algum documento pode não impedir a entrevista, mas deixará o cadastro incompleto, bloqueando o acesso aos benefícios até a regularização.
Quanto tempo dura a entrevista e o que acontece depois?
O processo é simples e costuma durar cerca de uma hora. Após a coleta e envio das informações, cada integrante da família recebe o Número de Identificação Social (NIS), que será usado para acessar benefícios como Bolsa Família e Vale Gás.
Riscos de fornecer informações incorretas ou desatualizadas
É fundamental responder com clareza e precisão. Informações falsas, omissões de renda ou divergências podem gerar:
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Bloqueio ou suspensão de benefícios;
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Exclusão do Cadastro Único;
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Problemas em auditorias e revisões cadastrais.
Além disso, quem fica mais de dois anos sem atualizar os dados pode perder benefícios, mesmo que a situação familiar não tenha mudado.
Quando é necessário atualizar o cadastro?
A atualização deve ser feita a cada dois anos ou sempre que houver mudanças como:
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Alteração de endereço ou telefone;
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Nascimento ou falecimento de integrantes;
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Mudança na renda familiar.
A atualização garante que os benefícios sejam mantidos e evita bloqueios durante as ações de revisão cadastral realizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
Por que a entrevista é tão importante?
O Cadastro Único é a base para diversas políticas públicas que atendem famílias em situação de vulnerabilidade. Preparar corretamente a documentação, apresentar informações verdadeiras e manter os dados atualizados são passos fundamentais para garantir direitos como o Bolsa Família, Tarifa Social de Energia, Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.
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