A Fuella, empresa norueguesa de energia especializada em hidrogênio verde, anunciou recentemente um acordo com o Porto do Pecém, no Ceará, para o desenvolvimento de uma planta de amônia verde de grande escala. A instalação terá capacidade de produção de 400 milhões de toneladas anuais, com o objetivo de abastecer mercados estrangeiros. O projeto, firmado no dia 28 de outubro, representa um investimento de aproximadamente R$ 9 bilhões (cerca de US$ 1,5 bilhão) e deve gerar mais de mil empregos diretos e indiretos na região.
Segundo a empresa, o estado do Ceará oferece condições ideais para a produção de hidrogênio verde e amônia devido à abundância de recursos naturais como energia solar e eólica, além da disponibilidade de energia hidrelétrica. O Porto do Pecém, que possui parceria estratégica com o Porto de Roterdã, fornecerá as infraestruturas permitidas, como terminais de exportação e sinergias industriais, fundamentais para o sucesso da iniciativa.
O diretor de Desenvolvimento Corporativo da Fuella, Thorsten Helms, destacou a importância da colaboração entre as partes envolvidas, incluindo o apoio do Estado do Ceará e do Porto de Roterdã. “Estamos muito felizes e orgulhosos de poder garantir este projeto no Porto do Pecém. Este é um dos melhores locais do mundo para a produção de hidrogênio verde e amônia. Agradecemos ao Porto do Pecém e seus acionistas, ao Estado do Ceará e ao Porto de Roterdã pela confiança”, declarou Helms.
Este novo projeto em Pecém segue o anúncio do primeiro empreendimento da Fuella no Brasil, realizado no início do ano no Porto do Açu, no estado do Rio de Janeiro. Em parceria com a Prumo Logística, a empresa firmou um contrato de reserva de área para a construção de uma planta de amônia verde de até 520 MW, com produção baseada na eletrólise da água. Essa instalação tem potencial para produzir as primeiras moléculas até 2030, com a decisão final de investimento prevista para os próximos quatro anos.
A chegada desses investimentos reforça o papel do Brasil como um dos novos centros globais de hidrogênio verde e seus derivados, ajudando o país a atrair mais capital para o setor e a consolidar seu protagonismo no mercado de energia sustentável.
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