A Nigéria espera impulsionar significativamente sua produção de petróleo bruto após a finalização de um novo acordo no setor upstream. Segundo o Ministro de Recursos Petrolíferos do país, Heineken Lokpobiri, o objetivo é alcançar a marca de 2 milhões de barris por dia (bpd) até o fim de 2024, graças à aquisição da subsidiária da Eni, a Nigerian Agip Oil Company Ltd (NAOC), pela Oando PLC.
O acordo foi finalizado no final de agosto, com a gigante energética italiana Eni confirmando a venda de sua unidade integral à principal empresa de energia nigeriana, Oando. A NAOC atua na exploração e produção de petróleo e gás onshore na Nigéria, além de operar na geração de energia. Para a Eni, a venda faz parte de uma estratégia mais ampla de reestruturação e foco em ativos considerados estratégicos, enquanto a Oando busca aproveitar a aquisição para ampliar sua presença e capacidade no setor.
A operação, que estava paralisada por meses à espera de aprovação dos reguladores, agora segue adiante, permitindo à Oando intensificar a produção e contribuir para que o país atinja sua meta ambiciosa.
O ministro Lokpobiri garantiu que fará todo o possível para criar um ambiente favorável ao crescimento da produção petrolífera, especialmente na região do Delta do Níger, conhecida pelos desafios operacionais. “Nossa meta é atingir uma produção de pelo menos 2 milhões de barris até dezembro”, disse Lokpobiri à mídia local.
Essa meta ambiciosa surge em meio ao estado de emergência declarado pela NNPC, a companhia nacional de petróleo da Nigéria, para lidar com os desafios históricos da indústria, como o roubo de petróleo e o vandalismo de oleodutos. O CEO do grupo NNPC, Mele Kyari, destacou a urgência em enfrentar esses problemas, que há anos afetam a produção e afastam grandes empresas do país.
O acordo entre a Oando e a Eni é visto como um passo importante para reverter esse cenário e colocar a Nigéria novamente no caminho de crescimento sustentável no setor de petróleo e gás.
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