O Brasil tem o objetivo de dobrar sua produção de gás natural até 2034, com metas que elevam a capacidade de 150 para 314 milhões de metros cúbicos diários. No entanto, apenas cerca de 42% desse volume pode efetivamente chegar ao consumidor, limitado a aproximadamente 134 milhões de metros cúbicos diários, devido a práticas como a reinjeção de gás em poços petrolíferos.
Essa reinjeção, comum em países onde o gás natural é coletado juntamente com o petróleo, serve para aumentar a extração de petróleo, considerada mais rentável. No Brasil, a situação é agravada pela infraestrutura insuficiente, destacando-se a falta de gasodutos adequados para o transporte eficiente do gás. Atualmente, o país depende de grandes oleodutos como Rota 1 e Rota 2 e enfrenta atrasos críticos na construção de novas vias, como a esperada Rota 3.
Além disso, a rede nacional de oleodutos tem visto pouco crescimento ao longo dos anos e serve principalmente às regiões costeiras, o que restringe a distribuição e o uso do gás natural em todo o território nacional. Este cenário de estagnação limita não apenas a expansão do mercado de gás natural mas também a diversificação das fontes de energia do país.
Grandes iniciativas estão planejadas para a próxima década, com liderança de empresas como Equinor, Petrobras e Shell, sinalizando uma mudança estratégica em direção a uma infraestrutura energética mais robusta e diversificada. No entanto, para que o Brasil transforme seu potencial em uma oferta real de energia, investimentos significativos em infraestrutura serão cruciais.
Os próximos anos serão determinantes para que o Brasil supere esses desafios de infraestrutura e estabeleça o gás natural como uma fonte de energia central no mix energético nacional.
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