
A Petrobras, gigante brasileira do setor de petróleo e gás, deu mais um passo em direção à diversificação energética e à transição para fontes renováveis. A estatal abriu duas licitações com foco na coleta de dados geofísicos e geotécnicos com o objetivo de avaliar a viabilidade de implantar um projeto piloto de energia eólica offshore na costa do Rio de Janeiro.
Estudos técnicos em áreas estratégicas
A primeira licitação prevê a aquisição, o processamento e a interpretação de dados geofísicos em águas ultrarrasas, nas proximidades do município de São João da Barra (RJ). Os serviços incluem tomografia elétrica, levantamentos batimétricos e topográficos, com profundidade de até 10 metros, abrangendo uma área total de 1,5 km².
Já a segunda licitação é voltada para levantamentos geotécnicos, abrangendo desde áreas de praia até ambientes de águas rasas e ultrarrasas. O objetivo é coletar informações detalhadas sobre as características do solo e da geologia submarina, essenciais para a instalação de turbinas eólicas offshore com segurança e eficiência.
Ambas as concorrências têm prazo de encerramento marcado para o dia 26 de junho de 2025. Os interessados podem consultar os editais completos na plataforma Petronect, por meio dos IDs 7004452335 e 7004460462.
Compromisso com a transição energética
Essa iniciativa marca a continuidade do protocolo de intenções assinado em 2024 entre a Petrobras e o governo do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de desenvolver estudos conjuntos para projetos de energia eólica no mar. A ação está alinhada ao novo marco legal para a exploração da energia offshore no Brasil, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de 2025.
O marco regulatório estabelece diretrizes para a alocação de áreas e autorizações para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore no país, proporcionando segurança jurídica e incentivando novos investimentos no setor.
Potencial eólico offshore do Brasil ultrapassa 1.200 GW
De acordo com um estudo divulgado pela consultoria DNV para o Grupo Banco Mundial, o potencial técnico de geração eólica offshore no Brasil supera os 1.200 GW. Desse total, cerca de 480 GW correspondem a tecnologias de fundo fixo (instaladas em plataformas fixadas no fundo do mar) e 748 GW a tecnologias flutuantes, que podem ser ancoradas em áreas de mar profundo, ampliando significativamente as possibilidades de exploração.
Com a abertura dessas licitações, a Petrobras reafirma seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade, mirando o futuro da matriz energética brasileira e abrindo caminho para novos investimentos em energia limpa no país.
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