Offshore

Petrobras e TotalEnergies impulsionam novos pedidos de FPSOs após ano de estagnação

Após um período de estagnação, o setor de FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência) volta a registrar novos investimentos significativos. A partir do segundo trimestre de 2024, três grandes encomendas foram feitas, sinalizando uma retomada importante para a indústria de produção flutuante.

A Petrobras fechou um contrato de US$ 8,16 bilhões com a Seatrium para a construção dos FPSOs P 84 (Atapu 2) e P 85 (Sepia 2), reforçando sua presença no mercado offshore. Esse projeto marca a retomada de pedidos da empresa brasileira, após a COOEC desistir da licitação do FPSO P 84, deixando a Seatrium como única concorrente.

Outro destaque foi a encomenda de US$ 3,7 bilhões da TotalEnergies à Saipem para o projeto Kaminho, em Angola. A Saipem será responsável pela construção e operação de um FPSO, além do fornecimento do pacote SURF (Subsea Umbilicals, Risers, and Flowlines), posicionando Angola como um dos principais players no cenário global de produção offshore.

Ainda em 2024, a SBM Offshore anunciou a reserva de um casco Fast4Ward para o desenvolvimento do Bloco 58 offshore no Suriname, em parceria com a TotalEnergies. O primeiro óleo do projeto é esperado para 2028, com uma capacidade de processamento estimada em 200.000 barris por dia (b/d). A SBM, em linha com sua estratégia de manter cascos de FPSO sempre disponíveis, também encomendou uma nova unidade da CMHI e garantiu slots adicionais com a CSSC-SWS para 2025.

Com o mercado aquecido, a Energy Maritime Associates (EMA) projeta um crescimento contínuo até 2025, com 29 projetos de produção flutuante previstos para serem concedidos nos próximos 12 meses. Entre eles, estão 16 FPSOs, 7 FSOs, 3 FLNGs, 2 plataformas Semi-Submersíveis e 1 MOPU. O Brasil, Namíbia, Malvinas, Angola e Indonésia estão entre os principais destinos dessas unidades.

Espera-se que o Brasil receba até cinco novos FPSOs, mas os prêmios para unidades arrendadas da Petrobras podem enfrentar atrasos devido aos elevados custos e à baixa concorrência no mercado.

Esses dados fazem parte do relatório trimestral da Energy Maritime Associates, que oferece uma visão abrangente sobre o pipeline global de produção flutuante, com informações detalhadas sobre as unidades em planejamento, construção e operação.

André Carvalho

André Carvalho é o fundador do O PETRÓLEO e um jornalista renomado com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energia e offshore. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), André construiu sua carreira cobrindo as principais mudanças e desafios das indústrias energéticas, tanto no Brasil quanto no exterior.

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