Os preços do petróleo bruto apresentaram uma leve alta nesta quarta-feira, 13 de novembro de 2024, impulsionados por sinais de escassez de oferta no mercado global. No entanto, preocupações sobre a demanda mantêm certa pressão nos índices de referência. Atualmente, o petróleo Brent é negociado a US$ 71,97 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) está cotado a US$ 68,18 por barril, conforme a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revisou novamente suas previsões de crescimento da demanda para 2024.
Em seu Relatório Mensal do Mercado de Petróleo, a OPEP ajustou para baixo a previsão de crescimento da demanda global, estimando agora um aumento de 1,82 milhão de barris por dia, uma redução em relação à previsão anterior de 1,93 milhão de barris diários. Essa revisão reflete as incertezas do cenário econômico global e a percepção de uma desaceleração no ritmo de consumo de petróleo em algumas regiões.
Apesar dessas perspectivas, a demanda atual ainda se mostra sólida, conforme apontou o banco ANZ em uma análise recente citada pela Reuters. “Os preços do petróleo bruto subiram ligeiramente, já que o aperto no mercado físico compensou o sentimento pessimista sobre a demanda. Compradores estão ativos no mercado físico, arrematando rapidamente as cargas disponíveis”, ressaltou o banco.
Analistas do Morgan Stanley, em uma nota publicada pela Bloomberg, apontaram para um possível superávit no mercado de petróleo em 2025. Esse cenário deve ser influenciado por uma combinação de fatores, como o crescimento mais lento na demanda, uma produção robusta de países não pertencentes à OPEP e uma possível expansão da oferta por parte do próprio cartel. Com isso, o banco ajustou sua previsão de preços para o petróleo Brent, reduzindo-a em até US$ 5,50 por barril, com média prevista para o primeiro trimestre de 2025 em US$ 72 por barril.
China e incertezas na demanda
A China continua no centro das atenções quanto à demanda global de petróleo. Segundo o analista da IG, Yeap Jun Rong, citado pela Reuters, os preços do petróleo devem se estabilizar em torno dos níveis atuais, em função da falta de estímulos fiscais diretos por parte do governo chinês, o que gera uma perspectiva mais cautelosa sobre o consumo de petróleo. “A ausência de medidas econômicas mais agressivas na China e o aumento na produção de petróleo dos Estados Unidos com as políticas energéticas da presidência de Trump também contribuem para um cenário de cautela”, destacou o analista.
A OPEP+ também tem planos de aumentar a produção, o que pode afetar a oferta global no próximo ano, reforçando a importância das decisões da China e dos Estados Unidos no comportamento dos preços do petróleo a curto e médio prazo.
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